O Corinthians informou à Justiça que, atualmente, está com 26% de suas receitas comprometidas para o pagamento de dívidas.
Entram nesta conta obrigações trabalhistas (inclusive FGTS), financeiras, desportivas, cíveis, tributárias e relativas à arena.
A informação foi dada pelo clube em documentação enviada ao RCE (Regime de Centralização de Execuções), no qual o Corinthians tenta viabilizar um plano de pagamento de diversos credores, como empresários e fornecedores.
O Corinthians rejeitou destinar 20% de suas receitas para quitar os R$ 192 milhões em dívidas validados pelo administrador judicial responsável pela RCE. O clube quer quitar os valores em 10 anos, sendo seis para quitar 60% e mais quatro para liquidar o restante.
A proposta do clube é para destinar 4% das receitas no primeiro ano, 5% no segundo ano e 6% a partir do terceiro ano, no que diz respeito às receitas recorrentes.
A forma de pagamento seria dividida em 35% aos chamados “credores parceiros”, 25% aos preferenciais e 40% aos que não se enquadrarem em nenhuma dessas duas condições.
São considerados “credores parceiros” aqueles que mantiverem a prestação de serviços e/ou fornecimento ao Corinthians após o pedido do Regime Centralizado de Execuções, em condições normais de mercado.
Em resposta, o perito judicial apontou que, após análises feitas nas contas do clube, constatou que o endividamento parcelado do clube é ainda maior, na faixa dos 27,4% do faturamento anual corintiano.
Ele apontou, ainda, que, apesar disso, a análise financeira apresentada verificou viabilidade econômica para quitar o RCE nos moldes apresentados pelo clube, com possibilidade de liquidar aproximadamente 60% da dívida em até 6 anos.
