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Coritiba x Athletico-PR: o que cada um precisa para ser campeão e como técnicos foram fundamentais em reconstrução na Série B

A rivalidade entre Coritiba e Athletico-PR vai ganhar mais um capítulo neste domingo (22). Os paranaenses são os únicos clubes que chegam na última rodada da Série B do Brasileirão disputando o título nacional. E o Disney+ vai transmitir todas as emoções da 38º rodada a partir das 16h30 (de Brasília).

Único com o acesso à elite nacional confirmado, o Coritiba lidera o campeonato com 65 pontos e está a um empate de se sagrar o único tricampeão da Série B. As conquistas de 2007 e 2010 colocam o Coxa ao lado de Goiás, América-MG, Botafogo, Paysandu, Palmeiras e Red Bull Bragantino como maiores vencedores da divisão.

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O título do Coritiba pode acontecer até mesmo com uma derrota. Mas aí teria que “secar” o rival Athletico-PR. Na vice-liderança, com 62 pontos, o Furacão recebe o América-MG na Ligga Arena e precisa de um empate para garantir o retorno à elite. Em caso de vitória, torce por uma derrota do Coxa para ser bicampeão da Série B, repetindo o feito de 1995.

Diante deste cenário, o Coritiba tem 84,1% de chances de conquistar o tricampeonato da Série B contra 15,9% do Athletico-PR. Os dados são da Opta.

O curioso é que os rivais paranaenses percorreram caminhos diferentes durante toda a Série B para chegarem na última rodada com chances de título.

Coritiba aposta no trabalho do ‘Mister Série B’

O Coritiba contratou 21 jogadores para 2025, mas o principal responsável pela campanha sólida na Série B não entrou em campo. Ainda em novembro de 2024, a diretoria anunciou o acerto com Mozart, que havia acabado de levar o Mirassol ao acesso inédito à Série A.

Apesar do interesse do clube do interior paulista em dar continuidade ao trabalho, Mozart aceitou a proposta do Coritiba. Sua relação com o Coxa, onde surgiu como jogador e trabalhou como auxiliar antes de iniciar a carreira de treinador, pesou na decisão.

“A decisão mais simples era ficar no Mirassol. Pelo vínculo criado no Mirassol, pela história que tem. Quando tomo a decisão, eu sabia o que minha decisão envolvia (ao voltar ao Coxa). Fui atleta do clube, minha formação de treinador foi aqui, sabia que a exigência ao meu trabalho seria muito grande. A bíblia diz que santo de casa não faz milagre. É exatamente isso, tenho que trabalhar mais do que todo mundo, ter resultados maiores do que outros porque a exigência é maior”, disse Mozart em entrevista exclusiva à ESPN em abril.

O início de Mozart no Coritiba não foi fácil. As eliminações para Maringá, nas quartas de final do Paranaense, e para o modesto Ceilândia-DF, ainda na primeira fase da Copa do Brasil, quase interromperam o trabalho. Mas a diretoria sabia que o treinador conhecia a Série B como ninguém.

Afinal, desde que iniciou a carreira de treinador, Mozart quase sempre brigou pelo acesso – a exceção foi em 2022, quando conseguiu uma campanha de recuperação para livrar o Guarani do rebaixamento. Logo na primeira experiência, em 2020, terminou em quinto lugar com o CSA. O cenário foi o mesmo no ano seguinte. Em 2023, ficou em sexto lugar com o Mirassol. A recompensa veio em 2024, quando foi vice-campeão pelo Leão Araraquarense.

Era a chance de Mozart trabalhar pela primeira vez na Série A. Mas o treinador mostrou não se importar em ficar rotulado como “treinador de Série B” e aceitou o desafio de recolocar o Coritiba na elite. Com o objetivo principal atingido, ele espera coroar a campanha sólida com o título.

“Pesou na minha decisão (ser o Coritiba ao sair do Mirassol). O Brasil rotula os profissionais. Treinador de Série B, jogador de Série B. Estamos na Série B, mas não somos um clube de Série B. Isso (de técnico de Série B é um) puro rótulo que não me apego”, afirmou.

Athletico-PR muda de rota e se encontra

Diferentemente do Coritiba, o Athletico-PR precisou mudar a rota e demorou um pouco para entrar nos trilhos. Depois de um início preocupante, Maurício Barbieri foi demitido com nove pontos em seis partidas. A diretoria então fechou com Odair Hellmann, de volta ao Brasil depois de duas temporadas na Arábia Saudita.

O Furacão, porém, demorou para engrenar sob seu comando. Na reta final do primeiro turno, o time empatou com o Cuiabá e chegou a sete jogos sem vitória, ficando mais próximo da zona de rebaixamento do que do G-4 da Série B do Brasileirão. Foi aí que a chave virou no Athletico-PR.

Em meio aos protestos da torcida, que jogou sinalizadores no campo da Arena da Baixada, Odair tentou espantar a crise e mandou um recado para todos dentro do clube.

“Se alguém aqui dentro falar em Série C, tem que ser mandado embora agora. Se alguém aqui dentro pensar em Série C, trouxer essa situação aqui pra dentro, ou imaginar que vai cair faltando 16 rodadas, esse profissional não pode representar o Athletico. Eu respeito o percentual e a colocação, mas aqui dentro, eu vou visualizar e pensar em Série C? Vou deixar que algum jogador fale sobre isso? Se eu falar, tenho que ser mandado embora”, afirmou.

O ESPN.com.br apurou que na sequência houve uma reunião fundamental para a sequência do trabalho de Odair Hellmann. Ao ser questionado pelo presidente Mario Celso Petraglia se havia solução, o treinador garantiu: “se você me mantiver aqui, eu vou levar o time para a Série A!”.

Depois dessa reunião, o Athletico-PR teve um aproveitamento de quase 80%. Foram 11 vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. Sequência que fez o Furacão chegar na última rodada dependendo apenas de si para que Odair Hellmann cumpra o que prometeu a Petraglia.

Não perca

Para saber qual será o desfecho da Série B do Brasileirão, acompanhe a última rodada neste domingo (23), a partir das 16h30 (de Brasília), nos canais do Disney+.

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