
A economia dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou desaceleração no terceiro trimestre de 2025. O Produto Interno Bruto (PIB) do bloco cresceu 0,2% em relação ao período anterior, abaixo dos 0,4% registrados entre abril e junho. Os dados são preliminares e indicam um cenário heterogêneo entre os membros.
Na comparação anual, o avanço também perdeu força. O crescimento passou de 1,7% no segundo trimestre para 1,5% no terceiro, mantendo a tendência moderada observada ao longo do ano.
Desempenho desigual entre grandes economias
O levantamento mostra um quadro dividido entre as principais economias da OCDE. Reino Unido e Alemanha, ambos membros do G7, apresentaram ritmos distintos. O PIB britânico cresceu 1,3% em 12 meses, enquanto o alemão avançou apenas 0,3% no mesmo intervalo.
Entre os países com maior peso econômico, os resultados também variaram. A França registrou alta trimestral de 0,5%, apoiada pelo comércio exterior, que combinou aumento das exportações e redução das importações. O Canadá saiu de retração de 0,4% para leve crescimento de 0,1%, indicando início de recuperação.
O Japão seguiu direção contrária. A economia recuou 0,4% no trimestre, após ter crescido 0,6% anteriormente. A queda das exportações foi o principal fator de pressão. No Reino Unido, o PIB passou de 0,3% para 0,1%, influenciado pela continuidade do ajuste de estoques. Alemanha e Itália ficaram estáveis após pequenas quedas no trimestre anterior.
A OCDE não incluiu os Estados Unidos nos cálculos agregados porque os dados não estavam disponíveis no fechamento do relatório. Em 2024, o país representava mais de um terço da economia do bloco, o que influencia a leitura global do desempenho.
Recuperações e quedas fora do G7
Entre os demais membros, Israel registrou a maior recuperação. O PIB avançou 3,0% no trimestre, após retração de 1,1% no período anterior. Já Finlândia, Irlanda, Lituânia e México apresentaram quedas entre 0,1% e 0,3%, reforçando o cenário de desaceleração disseminada.
Segundo a OCDE, o comportamento do PIB no terceiro trimestre reflete fatores internos específicos de cada economia, como comércio exterior, ajustes de estoques e dinâmica da demanda doméstica. O órgão divulgará revisões dos dados nos próximos meses.


