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Crise logística em Belém afasta CEOs da COP30

O presidente da SB COP, Ricardo Mussa, afirmou que parte dos executivos de grandes multinacionais desistiu de viajar ao Brasil para participar da COP30, marcada para 2025 em Belém, no Pará.

Mussa, que já atuou como executivo da Raízen e da Cosan Investimentos, comanda a frente empresarial da conferência do clima. Segundo ele, as dificuldades logísticas na capital paraense reduziram o interesse de líderes globais em visitar a Amazônia.

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“O problema está sendo resolvido, sim, mas de forma muito tardia”, disse Mussa. “Poderia ter sido feito antes.”

O dirigente evitou citar nomes, mas relatou que alguns CEOs comunicaram a decisão de não comparecer à conferência. De acordo com ele, empresas de grande porte exigem planejamento com antecedência e não pretendem expor seus principais executivos a riscos.

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A preocupação é compartilhada por Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará e da Jornada COP+. Ele concorda que as medidas do governo para resolver problemas logísticos, como na hotelaria, foram tardias e avalia que os impactos ainda serão sentidos no evento.

Mussa destacou que, em nenhuma edição anterior da conferência, houve abertura tão ampla para a participação do setor privado. Por isso, pretende sugerir que o modelo da SB COP continue sendo usado nas próximas edições. Para 2026, aposta na escolha da Austrália como sede, embora a Turquia também esteja na disputa.

SB COP reúne empresas para discutir questões climáticas

Inspirada no formato do B-20 realizado durante o G-20 no Brasil, em 2024, a SB COP reúne empresas de diversos países para discutir questões climáticas.

O grupo argumenta que 84% das emissões de gases de efeito estufa têm origem no setor privado e já definiu oito eixos temáticos. Cada um renderá três recomendações ao governo, totalizando 24 propostas. As entidades sindicais envolvidas representam, segundo Mussa, 31 milhões de empresas em todo o mundo.

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Mesmo depois da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, companhias norte-americanas seguem participando das atividades da SB COP.

A Câmara Americana de Comércio representa oficialmente os EUA na iniciativa. Mussa afirma que os empresários adotam cautela no discurso para evitar confrontos com o governo do presidente Donald Trump.

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