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Cristina Kirchner descumpre ordem de pagar US$ 500 mi à Justiça

O prazo para o pagamento de US$ 537 milhões imposto pelo Tribunal Oral Federal da Argentina no chamado Caso Vialidad encerrou-se às 9h30 desta quarta-feira, 13. De acordo com o jornal argentino Clarín, nenhum dos nove condenados, entre eles a ex-presidente Cristina Kirchner, efetuou o depósito.

A determinação judicial foi estabelecida como parte da restituição de prejuízos decorrentes de condenação por corrupção. O juiz Jorge Gorini, responsável pelo caso, está autorizado a inaugurar o processo de execução patrimonial. Kirchner havia solicitado a suspensão dessa etapa e contestado o valor calculado oficialmente.

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O caso Vialidad revelou, segundo a sentença, uma “manobra fraudatória” que consistiu em direcionar mais de 50 processos licitatórios a um único grupo empresarial, o que resultou em prejuízo bilionário ao Estado argentino.

Inicialmente, a cifra foi fixada em cerca de US$ 65 bilhões. Atualização feita por peritos da Suprema Corte, a pedido do juiz, elevou o montante para mais de US$ 525 bilhões, valor confirmado como base para o pagamento.

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Com o não cumprimento da ordem, a próxima medida será a execução dos bens já bloqueados, até que se alcance o valor estipulado no processo. O magistrado determinou ainda a ampliação dos embargos sobre imóveis “até cobrir a soma” e ordenou a atualização dos registros nos órgãos competentes.

Na intimação aos condenados, o tribunal afirmou: “De acordo com o confisco disposto em consequência do processo de determinação comprovada do dano produzido ao erário público que, como contrapartida, foi considerado como proveito de um gravíssimo fato de corrupção; e que, além disso, será disposto sob expresso aviso de execução dos bens que sirvam a esses fins”.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com Cristina Kirchner. Buenos Aires, ArgentinaPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com Cristina Kirchner. Buenos Aires, Argentina
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com Cristina Kirchner. Buenos Aires, Argentina | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Antes do fim do prazo, Kirchner alegou que o valor correto seria pouco mais de US$ 30 bilhões, segundo cálculo de seu perito. Argumentou também que seu patrimônio, que classificou como legítimo, não foi obtido por meio da conduta investigada e, portanto, não poderia ser alvo de confisco. A decisão sobre o pedido de suspensão caberá ao tribunal.

A última declaração de bens de Kirchner mostrou patrimônio de quase US$ 200 mil, sem imóveis ou participação em empresas familiares. Em 2016, ela doou integralmente seus bens aos filhos, Máximo e Florencia Kirchner, inclusas 25 propriedades, três empresas, um veículo e depósitos em dólares provenientes de herança.

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