O ministro da Comunicação Social do governo Lula da Silva, Paulo Pimenta, está com os dias contados. Essa pelo menos é a avaliação de parte dos aliados do presidente depois que o próprio petista criticou o trabalho de Pimenta.
As queixas de Lula ocorreram na última sexta-feira, 6, em Brasília, durante o seminário “A Realidade Brasileira e os Desafios do Partido”. Na oportunidade, a militância esquerdista discutiu principalmente o avanço da direita entre os jovens.
Lula: mudar para “que a gente não reclame”
Durante participação por videoconferência, Lula falou da necessidade de correções e admitiu haver erros na comunicação. “Há um erro no governo na questão da comunicação. Sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame”.
Pimenta tem uma boa relação política com Lula. Apesar disso, o presidente estaria muito insatisfeito com o desempenho da pasta que ele ocupa. Uma saída seria deslocar o ministro para outra área.
Lula, inclusive, já teria manifestado a aliados o seu desejo de colocar outro nome na chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom). No entanto, o núcleo do governo teme que essa medida amplie a instabilidade interna.
Nos últimos meses, a gestão petista produziu diversas crises, de maior ou menor intensidade, no primeiro escalão. A tensão já atingiu, por exemplo, as pastas de Economia, Direitos Humanos, Saúde, Igualdade Racial e Meio Ambiente. Além disso, o comportamento da primeira-dama, Janja da Silva, contribuiu para a sucessão de ruídos.
Assessores redobram cuidados em eventos
A preocupação é tanta que assessores têm estado mais alerta na própria fala do presidente em eventos abertos à imprensa. Nesse contexto, o presidente tem se encontrado com o marqueteiro Sidônio Palmeira, responsável pela campanha eleitoral de 2022.
Foi Palmeira quem escreveu o discurso do ministro da Economia, Fernando Haddad, sobre o pacote de corte de gastos. Lula quer o publicitário mais perto em razão das eleições de 2026.
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O publicitário diz que não recebeu convite para assumir a Comunicação. Palmeira, aliás, esteve nos planos de Lula para comandar a Secom logo no início do terceiro mandato do petista.