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Cuba diz que vai manter ‘missões médicas’

A ditadura de Cuba disse que vai manter os programas de envio de médicos a países parceiros, como Brasil, depois de uma série de medidas do governo dos EUA para sufocar o que considera uma forma de financiamento do regime comunista inaugurado por Fidel Castro.

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O chanceler Bruno Rodríguez anunciou, nesta quarta-feira, 13, pelas redes sociais, que o país continuará com as “missões médicas”. Os EUA impuseram sanções — como a cassação de visto — a dois coordenadores do programa Mais Médicos. Para o governo norte-americano, a parceria dribla sanções impostas à ditadura cubana e envia dinheiro para a manutenção do regime.

Assim com o governo petista do Brasil, o ministro do regime cubano criticou as sanções norte-americanas. Ele chamou as medidas de “imposição” e “agressão”. Alexandre Padilha, ministro da Saúde brasileiro, as classificou como um “ataque injustificável”.

Rodríguez também acusou o governo Donald Trump de iniciar uma “nova doutrina de política externa” com o objetivo de pressionar Havana e defendeu que os programas médicos são “programas legítimos de cooperação”.

“O secretário de Estado dos EUA ameaça impor restrições de visto a governos que mantêm programas legítimos de cooperação médica com Cuba. Isso demonstra imposição e agressão pela força, como a nova doutrina de política externa daquele governo”, escreveu Rodríguez. “Cuba continuará prestando serviços.”

Postagem do chanceler da ditadura de Cuba | Foto: Reprodução/InstagramPostagem do chanceler da ditadura de Cuba | Foto: Reprodução/Instagram
Postagem do chanceler da ditadura de Cuba | Foto: Reprodução/Instagram

As sanções dos EUA aos envolvidos com Cuba

As sanções foram detalhadas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que revogou vistos de autoridades brasileiras, incluindo Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador da COP30.

Segundo Rubio, esses gestores facilitaram, no âmbito da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), repasses ao regime cubano durante o programa Mais Médicos, o que teria driblado sanções e retido parte significativa dos salários dos profissionais.

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O governo dos Estados Unidos considera o modelo cubano como trabalho forçado, acusando Havana de enviar médicos a preços elevados e reter a maior parte dos rendimentos, o que privaria a própria população de serviços básicos de saúde. “Os países devem pagar diretamente aos médicos, não aos escravistas do regime”, disse Rubio, prometendo novas medidas para acabar com essa prática.

Desde fevereiro, o governo Trump já havia sancionado membros de Cuba e de países da América Central relacionados ao esquema. Segundo especialistas, as missões médicas, junto do turismo e das remessas do exterior, formam as principais fontes de receita da ditadura cubana.

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