Marisa Lobo – 11/09/2024 12h10
Um político pode enganar e construir uma imagem falsa de várias maneiras, utilizando táticas que exploram a psicologia e a percepção pública. Aqui estão algumas estratégias comuns:
1. Apresentação de uma persona idealizada: o político pode criar uma imagem pública que destaca apenas suas qualidades positivas, enquanto oculta falhas, erros do passado ou controvérsias. Isso pode incluir o uso de uma linguagem cuidadosamente elaborada e a escolha de imagens que transmitam simpatia e confiança.
2. Uso seletivo de dados e fatos: ele pode manipular estatísticas ou apresentar informações fora de contexto para apoiar sua narrativa, sem considerar uma análise mais ampla que poderia contradizer sua posição.
3. Desinformação: propagar informações falsas ou enganosas, tanto sobre si mesmo quanto sobre os oponentes, para criar confusão e desviar a atenção das questões reais. Isso pode incluir fake news que colocam o adversário em uma luz negativa.
4. Estabelecimento de conexões emocionais: Utilizar stories emocionais e apelos à emoção para construir uma conexão com o público. Muitas vezes, isso envolve compartilhar experiências pessoais que podem parecer autênticas, mas que são dramatizadas ou até mesmo fabricadas.
5. Gestão de crise: em momentos de controvérsia ou escândalo, o político pode usar técnicas de gestão de crise para redirecionar a narrativa e minimizar danos, falando sobre mudanças ou arrependimento, mesmo que esses sentimentos não sejam genuínos.
6. Construção de um “inimigo comum”: criar uma narrativa em torno de um “inimigo” (por exemplo, um grupo ou partido opositor) para unir apoiadores em torno de sua plataforma, deslegitimando rivalidades e distraindo do foco em questões reais.
7. Uso de redes sociais: amplificar sua imagem através da mídia social, utilizando hashtags, memes e conteúdo viral que favorecem sua narrativa e deslegitimam a oposição. A capacidade de interagir diretamente com o público permite que ele molde sua imagem de forma dinâmica.
8. Parcerias estratégicas: formar alianças com influenciadores ou figuras públicas que podem validar sua imagem e ajudar a difundir sua mensagem de forma mais ampla.
9. Repetição de mensagens: repetir constantemente suas mensagens-chave ajuda a solidificá-las na mente do público. Mensagens simples e repetidas podem ser mais facilmente lembradas e aceitas.
10. Aparições públicas e em eventos: participar de eventos comunitários e de ações de caridade para criar uma imagem de alguém solidário e engajado, mesmo que essas ações sejam mais performativas do que sinceras.
Embora essas táticas possam ser eficazes na manipulação da percepção pública, elas também podem ter consequências éticas e legais. O uso dessas estratégias deve ser avaliado com cuidado, pois a longo prazo, a verdade geralmente emerge, o que pode prejudicar a credibilidade e a reputação do político.
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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