O surto de coqueluche que atinge a capital paranaense já soma 132 casos em 2024. Até o momento, foram registradas duas mortes na cidade. Dois bebês, com menos de seis meses, morreram em decorrência de complicações da doença. Os dados, confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram registrados entre 1º de janeiro e 4 de setembro deste ano. As autoridades de saúde alertam para a vacinação não só em crianças, mas também em gestantes.
Do total de confirmações, 21 novos casos foram registrados na última semana em Curitiba.
As mortes das duas crianças foram confirmadas pela Secretaria de Saúde da capital no fim do mês agosto. A primeira aconteceu no dia 18 de agosto, mas foi confirmada dia 22 de agosto. O bebê, um menino, de apenas três meses nasceu prematuro com 27 semanas e tinha comorbidades. Além disso, a criança não chegou a ser vacinada com o imunizante pentavalente.
Já a segunda morte foi de uma menina de cinco meses, confirmada no dia 30 de agosto, mas aconteceu no dia 25 de agosto. Curitiba não registrava mortes pela doença desde 2013.
De acordo com o Ministério da Saúde, há 26 anos, desde 1998, quando começou o monitoramento da coqueluche no país, o maior número de casos registrados, no Paraná, ocorreu em 2014. Na época, houve 972 confirmações da doença.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou, na última quarta-feira (4), o boletim semanal epidemiológico da coqueluche, e confirmou 302 casos em todo o estado.
Em Curitiba, a vacina dTpa está disponível em caráter excepcional para todos os trabalhadores de estabelecimentos públicos e privados que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até quatro anos de idade.
No calendário vacinal, o imunizante é ofertado para crianças e contempla o público adulto de profissionais de saúde, além de gestantes e mulheres que tiveram filhos há 45 dias.
Nas crianças, o esquema vacinal é realizado com a vacina pentavalente, com três doses aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade. O reforço é aplicado com a vacina DTP, aos 15 meses e outra dose aos quatro anos.
Atualmente, a cobertura vacinal de bebês até seis meses está em 86% em Curitiba, mas o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95% do público-alvo.