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Da seleção ao lucro: genética tabapuã é a chave para a pecuária do Nordeste

Pecuaristas, a escolha de um cruzamento industrial pode impulsionar significativamente a produtividade do seu rebanho. Joaquim Vitor, criador de gado nelore e anelorado na região do Cariri, no sul cearense, notou que muitos de seus colegas têm apostado no tabapuã. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Ele questiona se essa raça zebuína pode ser uma boa segunda opção de cruzamento para sua vacada. Nesta quinta-feira (14), o zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento dos Programas de Melhoramento Genético da ABCZ, respondeu à dúvida no quadro “Giro do Boi Responde“.

Ele explica que o cruzamento nelore x tabapuã é uma excelente estratégia para a pecuária do Nordeste.

O vigor híbrido do tabanel

Bovinos da raça Tabapuã em área de pastagem. Foto: DivulgaçãoBovinos da raça Tabapuã em área de pastagem. Foto: Divulgação
Bovinos da raça Tabapuã em área de pastagem. Foto: Divulgação

Na pecuária de corte, o cruzamento de raças zebuínas diferentes, especialmente no Nordeste, é uma prática consolidada. O “vigor híbrido“, ou heterose, é a principal vantagem, pois traz a complementaridade genética entre as raças, resultando em animais mais produtivos do que seus pais.

Para a vacada anelorada de Joaquim Vitor, que tem uma ossatura mais delicada e menor peso, o cruzamento com o tabapuã é um “choque de sangue” que dará mais estrutura às futuras gerações.

O resultado é o Tabanel, bezerros com ótimo temperamento e de fácil manejo, que trazem diversas vantagens:

  • Maior ganho de peso: Devido à heterose entre tabapuã e nelore, o ganho de peso dos bezerros é superior.
  • Bezerros mais pesados à desmama: O que resulta em maior rentabilidade para a fazenda.
  • Machos com maior potencial de ganho de peso: Ideal para quem busca um ciclo completo de produção.
  • Fêmeas mais férteis: O que aumenta a probabilidade de emprenhar mais cedo, uma característica importante do TabaNel que acelera a reprodução do rebanho.

A importância da genética na escolha do touro

Bovinos da raça Tabapuã em área de pastagem. Foto: Sérgio GermanoBovinos da raça Tabapuã em área de pastagem. Foto: Sérgio Germano
Bovinos da raça Tabapuã em área de pastagem. Foto: Sérgio Germano

Ricardo Abreu ressalta que, para o sucesso do cruzamento, é crucial que o touro tabapuã escolhido tenha lastro e informação consistente. Para garantir isso, o pecuarista deve:

  • Consultar o site da ABCZ (abcz.org.br): Lá, é possível verificar as avaliações genéticas dos touros disponíveis nas centrais de inseminação.
  • Procurar touros K1: Os touros avaliados dentro do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) são uma ótima opção.
  • Verificar o registro genealógico: O registro, somado ao PMGZ, é o elo da produtividade e a prova de que o touro é de origem conhecida e tem um histórico de desempenho.

A tecnologia da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é uma ferramenta que permite a utilização da melhor genética de touros tabapuã em suas matrizes, garantindo resultados superiores e um avanço mais rápido do rebanho.

O zootecnista finaliza reforçando que o Brasil foi construído sobre a pata do boi zebu, e o uso do melhoramento genético em rebanhos comerciais, como o que está sendo feito no estado do Ceará, é o que impulsiona o país para se tornar o primeiro produtor e maior exportador de carne bovina do mundo.

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