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Dagoberto critica elenco do São Paulo: ‘Muito craque fora de campo’

Ídolo da torcida tricolor, Dagoberto se mostrou preocupado com o momento atual do São Paulo. O ex-atacante, nome importante na conquista do bicampeonato brasileiro em 2007 e 2008, não poupou críticas aos jogadores que estão defendendo o clube, embora não cite nomes.

Dagoberto atuou pelo São Paulo de 2007 a 2011 e foi peça-chave na conquista de dois brasileiros (o Tricolor havia conquistado um em 2006, antes de sua chegada). Foram mais de 240 partidas e 61 gols até se transferir para o Internacional.

Aposentado desde 2019, o ex-atacante vê de longe o São Paulo sofrer no Campeonato Brasileiro. Com quatro derrotas seguidas e 12 pontos em 13 jogos, o Tricolor está na beira da zona de rebaixamento e corre risco de entrar na degola caso volte a perder nesta quarta-feira (16), quando visita o Red Bull Bragantino, às 21h30 (de Brasília).

Em entrevista à ESPN, Dagoberto lembrou quando o São Paulo era um exemplo de gestão, o que hoje não é mais e reflete no desempenho em campo. Na visão do ídolo, o Tricolor “parou no tempo” e viu outros clubes se estruturarem, como Palmeiras e Flamengo, mas a parcela de responsabilidade precisa ser dividida entre dirigentes e também jogadores.

“Muitos clubes que eu trabalhei foram dirigidos na emoção de dirigentes, na emoção das pessoas que comandam o futebol. E o São Paulo era um time muito profissional em todas as áreas, a galera deixava você muito ciente do que tinha que fazer. O São Paulo te dava toda a estrutura, o São Paulo era muito profissional internamente e sempre teve sucesso por isso”, destacou Dagoberto.

“Eu vejo que passa muito pela forma de um presidente trabalhar. Depois que veio o Leco e aquela galera toda, mudou muito o São Paulo. A gente tinha um presidente (Juvenal Juvêncio) que cobrava muito, que era papo reto. Ele falava ‘vocês ganham bem para caramba, ganham bicho bom, vocês têm que dar o retorno para essa torcida que está aí, que muitos não têm dinheiro para comprar ingresso’. Mas não é só isso”, continuou.

“Acho que falta mais a galera chamar a responsabilidade dentro de campo. Tem poucos que chamam. É muito mídia, muito craque fora de campo. O único lugar que a gente falava muito era dentro de campo, porque ali a gente mostrava jogando bola. Hoje em dia se fala muito fora, é muito ídolo fora, muito craque fora, e o retorno de fazer o torcedor sorrir em dezembro, ganhando um Brasileirão, uma Libertadores, títulos realmente importantes no cenário nacional, não vemos mais no São Paulo”, completou o ex-atacante.

De fato, o último título de expressão conquistado pelo São Paulo foi a Copa do Brasil de 2023 – no ano seguinte, ganhou a Supercopa do Brasil. No Brasileirão, o Tricolor não solta o grito de “é campeão” desde 2008 e nas últimas temporadas ficou distante dos líderes.

Dessa vez, porém, a situação é mais preocupante. Em busca da reabilitação para não correr o risco de entrar na zona de rebaixamento, o São Paulo visita o Bragantino e tenta a primeira vitória sob o comando de Hernán Crespo, contratado para substituir Luis Zubeldía.

Próximos jogos do São Paulo:

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