Magno Malta – 12/02/2025 17h12
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Nesta terça-feira, 11 de fevereiro, em Brasília, participei de uma reunião com Pedro Vaca Villarreal, relator especial para a liberdade de expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao lado de outros parlamentares, tive a oportunidade de expor, de maneira transparente e contundente, a dura realidade que o Brasil enfrenta hoje.
Não perdi tempo com formalidades. Deixei claro desde o início: o povo brasileiro não acredita na vinda da OEA. Há um ceticismo generalizado de que essas visitas são apenas protocolares, sem consequência prática.
Muitos enxergam essa movimentação como uma estratégia política, talvez até motivada pelo retorno do presidente Donald Trump ao cenário mundial.
Se a OEA realmente estivesse interessada na verdade, teria nos ouvido antes de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF). Lá, recebeu uma versão convenientemente moldada para ocultar os abusos cometidos contra cidadãos que ousaram desafiar o sistema.
Apresentei fatos concretos. Mencionei Adélio Bispo, o homem que tentou assassinar o ex-presidente Jair Bolsonaro e continua intocado, blindado por sigilos inexplicáveis e advogados influentes ligados ao grupo da “esquerda”. Questionei por que ele é tratado como uma figura intocável, enquanto tantos brasileiros sofrem perseguições políticas por muito menos.
Também trouxe à tona o caso de Clezão, um dos símbolos do 8 de janeiro. Ele não quebrou nada, não atacou ninguém, mas foi tratado como um criminoso de alta periculosidade. Preso sob acusações frágeis, permaneceu detido mesmo com a PGR recomendando sua soltura por falta de provas e por estar gravemente doente. Morreu nas entranhas do Estado. E quem responderá por isso?
Magno Malta
Denunciei a seletividade da Justiça brasileira. Mostrei fotos, vídeos, documentos. Expus a fala escandalosa do ministro Barroso, que, diante de jovens da UNE, declarou: “Acabamos com o bolsonarismo.”
Desde quando juízes podem se comportar como militantes políticos? E pior: um ministro do STF afirmando, em vídeo, que “eleição não se ganha, se toma”. Essa é a democracia que a OEA veio defender?
Apontei ainda o absurdo das penas impostas aos manifestantes do 8 de janeiro. Uma mulher que escreveu “Perdeu, mané” com batom foi condenada a 17 anos de prisão, enquanto criminosos condenados por corrupção e violência são beneficiados por decisões generosas do próprio STF.
O Brasil vive hoje sob um consórcio de poder, no qual STF, Congresso e setores da mídia operam juntos para calar vozes dissidentes. A OEA tem agora em mãos um dossiê repleto de verdades que o establishment tenta esconder. Resta saber se terá coragem de enfrentá-las ou se fará vista grossa, como tantos outros.
Cumpri o meu papel. Falei a verdade. E, ao fazer isso, lavei a alma de muitos brasileiros que não têm mais voz. Agora, cabe à OEA decidir se estará do lado da justiça ou da conveniência política.
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Magno Malta é senador da República. Foi eleito por duas vezes o melhor senador do Brasil. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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