2025 está chegando ao fim e o torcedor do São Paulo não tem muitos motivos para comemorar. Entre eliminações doídas e muitas lesões de jogadores importantes, outro assunto que incomoda bastante é o fato do clube ter optado por jogar a reta final da temporada toda fora do Morumbis, quem apenas no mês de dezembro recebeu shows de Imagine Dragons, Linkin Park, Dua Lipa e Oasis.
Para 2026, já existe uma preocupação, visto que o estádio será palco de três shows do AC/DC, marcados para os dias 24 e 28 de fevereiro e 4 de março, datas que serão certamente importantes para o futebol tricolor.
Se o São Paulo estiver na fase prévia da CONMEBOL Libertadores, estas serão as semanas da volta da segunda fase e da ida da terceira fase, além de marcar também a final do Campeonato Paulista. Um pouco mais para frente, mais duas apresentações internacionais, de The Weeknd, nos dias 30 de abril e 1º de maio.
Muito se especula sobre um possível “poder de veto” do São Paulo para shows em datas importantes para o time. De acordo com apuração da ESPN, isso realmente existe, mas só em último recurso, já que essa negociação passa também por um acerto do clube com as entidades promotoras dos jogos: CONMEBOL, CBF e Federação Paulista.
Nesse cenário, o Tricolor pode mudar as partidas para um dia antes ou depois do show e tem como desmontar parte da estrutura (principalmente gramado), fazer o jogo só com o palco e com limitação de ingressos.
Para isso, é analisada a condição do gramado, algo que pode dificultar. Nesta terça-feira (25), a ESPN apurou que o clube desistiu de mandar o duelo com o Inter, marcado para 3 de dezembro, no estádio, visto que não teria tempo para melhorar a grama, bastante danificada após os vários shows recentes.
Acordo com a Live Nation vale a pena?
O contrato da Live Nation com o São Paulo é de seis anos e prevê 36 shows, no valor de R$ 200 milhões. Isso, porém, não determina que seja um acordo limitado a seis shows por ano. E nem que esse número de 36 seja ou não ultrapassado.
Além desse valor total, o São Paulo ainda recebe R$ 20 por ingresso vendido em cada show, independente do preço, e ainda uma porcentagem de merchandising, que inclui venda de bebidas e comidas, além de produtos oficiais. Com essas variáveis, a média por show pode chegar a R$ 5 milhões para o clube.
Em comparação com um jogo, seria mais ou menos como o São Paulo colocar 100 mil pessoas em uma partida pagando ingresso ao preço normal para uma arrecadação desse valor. Lembrando que no caso do jogo, existem várias despesas que são abatidas da renda. Essa comparação não vale para um jogo muito decisivo, que tem ingressos com preços mais caros, como por exemplo a final da Copa do Brasil de 2023, contra o Flamengo, quando a renda foi de R$ 24.520,800.
Para 2026, o Morumbis deve ter um grande período à disposição para shows, durante a realização da Copa do Mundo, já que as competições vão parar. Para 2027, o São Paulo imagina que o calendário será parecido, por causa da Copa do Mundo feminina, que acontece no Brasil.
Uma ideia do clube é jogar partidas com o palco montado. Para isso, parte das arquibancadas ficaria fechada e se estuda a possibilidade de criar na própria estrutura do palco uma “área diferenciada”, com alguns lugares, que devem variar entre 200 e 500, dependendo do tamanho do show, e oferecer uma estrutura inédita para torcedores assistirem o jogo de cima do palco.


