Na manhã desta quinta-feira, 7, os parlamentares de oposição que ocuparam o plenário do Senado por dois dias liberaram o local. Neste momento, ocorre sessão deliberativa na Casa Legislativa, cuja previsão era para às 11h.
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Em entrevista, o senador e líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), disse que o grupo conseguiu a 41ª assinatura para o requerimento de abertura do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é a pauta principal da oposição, além da anistia aos presos do 8 de janeiro.


“Estamos neste momento nos retirando da Mesa do Senado da República para que os trabalhos possam fluir normalmente”, disse Marinho. “Agora, 11h, terá uma sessão virtual, se o presidente entender, por bem, poderá ser presencial. Nós estamos desobstruindo, colocando a nossa posição de participarmos dos debates, toda a oposição participará dos debates que ocorrerão normalmente, nas pautas que interessam o Brasil.”
Presidente do Senado não deve pautar impeachment de Moraes


Como mostrou Oeste, depois dos protestos de senadores de oposição, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), comunicou aos líderes partidários, nesta quarta-feira, 6, que não pretende ceder a pressões ou ameaças e que não vai pautar a votação de impeachment de Moraes.
O ato dos parlamentares contrários à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro paralisou as atividades legislativas. Durante encontro na Residência Oficial do Senado, Alcolumbre buscou negociar a desocupação da Mesa Diretora, ocupada pelos manifestantes.
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“Não vou aceitar chantagens”, disse Alcolumbre. “Não vou aceitar ser ameaçado, e o Senado voltará a funcionar. Não abrirei mão de minhas prerrogativas.”
Os senadores de oposição se recusaram a comparecer à reunião com governistas e solicitaram agenda exclusiva com Alcolumbre. O líder do grupo no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), discutiu a situação com seu bloco, mas decidiu não aceitar o convite do presidente da Casa.