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Deportação dos EUA promete ‘inferno’ a cidades-santuário

Durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), o chefe da divisão de Execução e Remoção dos Estados Unidos (EUA), Tom Homan, reafirmou o endurecimento das políticas migratórias do país sob a administração republicana de Donald Trump.

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Conhecido como “czar da fronteira”, Homan criticou duramente as cidades-santuário. São chamadas assim aquelas que protegem imigrantes em situação irregular. Ele ainda prometeu uma ofensiva federal contra autoridades locais que se recusam a cooperar com suas diretrizes.

Homan afirmou que as novas medidas do governo reduziram em 95% as travessias ilegais na fronteira e resultaram na prisão de mais de 21 mil imigrantes. Ao citar cidades como Boston, ele prometeu sanções pesadas.

“Estou indo para Boston”, disse. “E estou levando o inferno comigo.”

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Homan argumentou que essas jurisdições permitem a permanência de criminosos e dificultam a atuação do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE).

Estratégia dos EUA contra imigração ilegal

Imigrante entra nos Estados Unidos por um buraco em uma seção do muro da fronteira com o México, em Sunland Park, Novo México (28/1/2025) | Foto: Reuters/Jose Luis Gonzalez

Ele também revelou que o governo considera classificar os cartéis mexicanos como organizações terroristas. Isso permitiria ações mais agressivas contra esses grupos e seus financiadores.

Qualquer colaboração com os cartéis poderá ser enquadrada como apoio ao terrorismo. Homan frisou que, com apoio de agências como o Serviço de Delegados dos EUA e o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), a administração planeja intensificar detenções e acelerar deportações em todo o território norte-americano.

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O discurso de Homan reflete a linha dura adotada por Donald Trump (Republicano) em sua política migratória. A repressão à imigração ilegal recebe o tratamento não apenas de uma questão de segurança, mas também de uma “obrigação moral” pelo governo.

Ele reiterou que o governo vai caçar cada criminoso estrangeiro e integrante de gangue, até que ocorra a prisão e a deportação, num destaque à colaboração entre as agências como “crucial” para alcançar esses objetivos.

Críticas ao governo Biden

Durante o discurso, Tom Homan não poupou críticas ao governo de Joe Biden. Segundo ele, o democrata desprotegeu a fronteira dos Estados Unidos de propósito.

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“Nós temos um trabalho a fazer, eu levantei todos os dias durante últimos 4 anos irritado porque o governo Biden pegou a fronteira mais segura que já vi e desprotegeu de propósito”, disse.

Ele afirmou que, ao longo da carreira, trabalhou com seis presidentes, começando por Ronald Reagan. “Todos eles tomaram medidas para proteger a fronteira, até Clinton e Obama”, disse. “Eles sabiam que não é possível ter segurança nacional sem segurança nas fronteiras.”


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