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Deputado dos EUA comemora aplicação da Magnitsky a Moraes

O congressista norte-americano Rich McCormick comemorou nas redes sociais a decisão do governo Donald Trump de sancionar Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Lei Global Magnitsky. A declaração foi publicada na quinta-feira 31.

Segundo McCormick, a medida atende a uma pressão de meses por parte de parlamentares republicanos e representa a punição de um “grave violador de direitos humanos e ator corrupto”. Ele afirmou ainda que “a justiça finalmente está sendo feita” e que os aliados do magistrado serão os próximos.

As sanções foram aplicadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão vinculado ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. O congressista reforçou que a lei será aplicada “ao máximo” contra aqueles que considera responsáveis por abusos de poder.

Rich McCormick foi um dos deputados que solicitaram a aplicação da Magnitsky contra Moraes

Em fevereiro, Rich McCormick solicitou ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump que adotasse sanções econômicas contra Alexandre de Moraes.

“Os brasileiros merecem eleições livres e justas, e não tirania judicial”, escreveu McCormick, na época. “Se ficarmos parados e não fizermos nada, mandamos uma perigosa mensagem de que os Estados Unidos toleram manipulação de democracia.”

Junto da publicação, o deputado escreveu que Moraes arma o Judiciário para fraudar a eleição de 2026, de modo a silenciar a oposição e proteger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, o republicano entende que o ministro brasileiro é uma ameaça aos EUA, pois “censura empresas norte-americanas, suprime a liberdade de expressão e viola a soberania digital”.

O deputado declarou, ainda, que as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado, constituem perseguição política.

Já em 30 de junho, McCormick comentou o ato por Justiça Já na Avenida Paulista, realizado em 29 de junho. Na ocasião, ele cobrou o Secretário de Estado dos EUA Marco Rubio pelas sanções ao ministro.

Ministro é o primeiro brasileiro a ser punido pela Magnitsky

Ministro Alexandre de Moraes foi sancionado com a Lei Magnitsky nesta quarta-feira, 30 | Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilMinistro Alexandre de Moraes foi sancionado com a Lei Magnitsky nesta quarta-feira, 30 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministro Alexandre de Moraes foi sancionado com a Lei Magnitsky na quarta-feira 30 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Global Magnitsky Human Rights Accountability Act autoriza sanções a estrangeiros acusados de envolvimento em corrupção ou violações de direitos humanos, independentemente do país de origem.

Desde que a legislação foi ampliada, em 2017, mais de 670 sanções foram aplicadas globalmente. Com a decisão, Moraes se tornou o primeiro brasileiro a sofrer bloqueios financeiros nos EUA sob a legislação, além de ser o primeiro sancionado no atual mandato de Trump.

Durante seu primeiro governo, o republicano utilizou a lei em 356 ocasiões; já Joe Biden, em 316. Apenas no segundo semestre de 2024, foram registradas 48 novas aplicações da norma.

A norma nasceu do caso do advogado russo Sergei Magnitsky, morto em uma prisão de Moscou depois de denunciar corrupção estatal. A sanção pode ser aplicada a qualquer pessoa, independentemente da nacionalidade.

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