Três deputados do Partido Liberal (PL) entraram com um pedido para que a Câmara dos Deputados se manifeste publicamente em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Esta moção de solidariedade alega que ele está sendo vítima de perseguição política.
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Os autores do requerimento, Luciano Zucco (PL/RS), André Fernandes (PL/CE) e Ubiratan Sanderson (PL/RS), argumentaram que essa situação teria impactos negativos na ordem e segurança públicas nacionais.


No total, duas comissões da Câmara dos Deputados presididas por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), convocaram reuniões deliberativas para a terça-feira 22 com moções de apoio político a Bolsonaro na pauta.
Para a deputada federal Rosana Valle (PL-SP), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está tentando se aproveitar do estremecimento de relações políticas e comerciais com os EUA, atribuindo a responsabilidade a Bolsonaro e ao seu filho Eduardo, que está em território norte-americano.
“Lula encontrou uma tábua de salvação ao criar um discurso nacionalista de mentirinha, que encontrou eco nos admiradores da esquerda”, disse Rosana a Oeste. “Agora vamos ver a reação dos Estados Unidos [EUA] a esse jogo petista.”
Bolsonaro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em inquérito sobre suposta tentativa de golpe de Estado, entre outras acusações.
A rigidez das medidas contra Bolsonaro aumentaram depois da intervenção do presidente dos EUA, Donald Trump.
Entre outras iniciativas, Trump aumentou as tarifas para o Brasil, usando como um dos argumentos o que chama de perseguição da Justiça brasileira a Bolsonaro.
Depois da retaliação norte-americana, o STF, por meio do ministro Alexandre de Moraes, determinou que Bolsonaro passe a usar tornozeleira eletrônica.
Além disso, ele ficou proibido de usar redes sociais, sair de casa à noite e nos finais de semana e manter contatos com várias pessoas, entre elas Eduardo.
Moção de apoio a Bolsonaro pode depender do apoio de Motta
Esse tipo de moção não tem efeito legal direto, ou seja, não muda leis nem impõe ações, mas serve como uma declaração política ou simbólica.
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Se aprovada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), para onde foi enviada, dependerá do aval do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Uma de suas atribuições é definir a pauta de votações no plenário.
Mas Motta adiantou, em nota, que “não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões” durante o recesso parlamentar de julho.
“As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas e funcionamento regular das comissões, conforme calendário.”