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Descoberto como volante e saída na Justiça: o passado de Vitor Roque no Cruzeiro antes de reencontro pelo Palmeiras

Palmeiras e Cruzeiro se enfrentam neste domingo (26), às 20h30 (de Brasília), no Allianz Parque, em jogo válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida pode marcar mais um reencontro de Vitor Roque com seu clube formador.

Revelado na base do Cruzeiro, o atacante deixou o clube mineiro na temporada de 2022, rumo ao Athletico-PR. Do Furacão, o ‘Tigrinho’ foi para o Barcelona, passou no Betis por empréstimo e desembarcou de vez no Palmeiras.

O vice-artilheiro do Verdão na temporada, com 17 gols em 47 jogos, tem uma história intensa com o Cruzeiro.

Sandro Duarte, ex-jogador cruzeirense, campeão da Tríplice Coroa, em 2003, foi o responsável pela captação de Vitor Roque para a base cruzeirense. Na época, o hoje atacante atuava como volante.

“Um desses amigos me convidou para olhar os garotos. Escolhi quatro (em uma escolinha). Um deles foi o Vitor. Ele jogava mais recuado, como volante. O América tem uma porcentagem muito grande de ter colocado ele como atacante. É a posição dele, onde ele tinha qualidade”, disse Sandro.

“Ele já tinha qualidade com a bola (como volante), era mais maduro que os outros, sempre foi muito forte, com porte físico muito bom. A gente viu o cognitivo da criança, com tomadas de decisão, sempre usou muito bem as duas pernas. Foi assim que eu o escolhi’, completou, em entrevista ao ge.

Vitor Roque esteve no Cruzeiro entre os 14 e 18 anos. Em 2022, atacante, Raposa e Athletico se envolveram em uma novela contratual que foi parar na Justiça do Trabalho.

No início daquele ano, o Cruzeiro tentava renovar o contrato de Vitor Roque, oferecendo uma valorização salarial e aumento da multa rescisória para o jogador que, na época, tinha 17 anos. A Raposa, porém, não se acertou com o estafe do atleta.

Sem acordo, Vitor Roque e seu estafe optaram por uma rescisão unilateral. O Athletico-PR, do outro lado, realizou o pagamento da multa rescisória em juízo, de R$ 24 milhões, conseguindo a liberação do atleta.

“Prezados senhores, venho pelo presente, respeitosamente, encaminhar carta (anexa) informando a rescisão unilateral do meu Contrato Especial de Trabalho Desportivo com o Cruzeiro Esporte Clube – Sociedade Anônima do Futebol. Certos da dissolução imediata por ser manifestação livre da minha vontade, despeço-me”, dizia o e-mail enviado por Vitor Roque.

A rescisão foi corroborada pela Justiça do Trabalho. Na decisão, o Cruzeiro teve direito a receber um repasse de cerca de R$ 12 milhões, enquanto o América recebeu cerca de R$ 8 milhões. Já o próprio atacante ficou com 20% do valor da cláusula.

A Raposa entrou com uma ação questionando os valores que receberia a partir da multa rescisória, mas perdeu em primeira e segunda instância. Em 2023, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Belo Horizonte, manteve a primeira decisão.

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