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Diogo Moreira à ESPN: amizades (ou não) na motovelocidade, dicas com veterano, MotoGP em Goiânia e o número 10 que precisará mudar em 2026

Diogo Moreira está prestes a conquistar o título da Moto2 nesta temporada após a vitória na penúltima etapa no Algarve, em Portugal. O brasileiro abriu 24 pontos de vantagem para o espanhol Manuel Gónzalez (281 a 257) com 25 ainda em disputa com a corrida derradeira em Valência, na Espanha.

Resumindo: só um desastre tiraria o Mundial das mãos do paulista. Assim, ele chegaria credenciado à MotoGP em 2026, quando será piloto da LCR Honda.

Na entrevista exclusiva à ESPN feita antes da prova em Portugal, no entanto, Diogo Moreira evitou pensar muito na categoria-mãe do motociclismo para focar no título da Moto2.

“Cair a ficha, já caiu. Só que eu tenho que estar pensando nesse ano. Eu quero brigar por esse campeonato até o final do ano e tentar, se puder, leva-lo para casa. Por isso que eu tenho que estar com a concentração e focado nesse ano, nesse final de campeonato, e depois de Valência a gente começa a pensar na MotoGP. Tem que continuar até a última corrida agora ficar concentrado nesse ano”, disse.

O piloto de 21 anos tem um amigo mais “rodado” para ajudá-lo no próximo ano: Johann Zarco. O francês 14 anos mais velho será seu companheiro na LCR Honda.

“Com Zarko, já faz uns dois, três anos que a gente vem treinando de vez em quando juntos. A amizade é boa. A gente conversa bastante, acho que é um piloto e uma pessoa muito boa também, muito tranquila. A gente esse ano jogou padel juntos, a gente treinou junto, então com certeza dentro da equipe vai ser um ambiente muito bom. Eu tenho muito que aprender com ele na categoria, tenho que tentar aprender a experiência dele. Acho que eu posso aprender muito nessa categoria”, falou.

O brasileiro, porém, vê a experiência ao lado de Zarco como uma exceção à regra: a dificuldade em fazer amigos dentro da motovelocidade.

“É muito difícil. É muito difícil quando você está brigando pelo campeonato e ainda mais sempre ali na frente. É difícil ter um amigo na mesma categoria. Sim, é verdade que eu tenho amigos em outras categorias, mas na mesma categoria é muito difícil, ainda mais brigando pelo título. Todo mundo acho que olha por si mesmo. Então acho que é assim em toda a categoria”, contou.

Diogo Moreira vive desde 2017 na Espanha e vê tal mudança como trunfo para ter “deslanchado” na esporte.

“Faz muito tempo que eu vim para cá, para a Europa, então com certeza mudou a minha cabeça, mudou a forma de eu treinar também. Acho que está dando certo, afinal a gente está na Moto2, brigando pelo campeonato agora. Então acho que essa minha vinda para a Europa muito novo me ajudou muito a treinar como todo mundo treina aqui. Fez com que meu ritmo e o meu nível de pilotagem melhorassem muito. Acho que foi muito boa essa troca de país”, explicou.

Ele viverá no próximo ano uma emoção diferente: disputar uma corrida em casa, com a volta da MotoGP ao Brasil, mais especificamente em Goiânia.

“Desde pequenininho eu corria lá em Goiânia. É um circuito que eu sempre gostei, uma cidade também que acho muito bonita e muito segura. Então, com certeza ano que vem vai ser um final de semana muito legal, muito bonito, a minha família vai estar lá e muita gente que eu conheço vai estar presente lá. Acho que a pista está preparada para que a MotoGP venha, e vamos ver se a gente pode fazer uma corrida muito boa”, desejou.

Apesar de morar há anos na Europa, Diogo Moreira mantém uma forte relação com o Brasil, e o futebol como carro-chefe.

“Eu joguei futebol quando era pequeno, joguei por dois anos, mas depois já entrei para a motovelocidade. Depois que eu entrei para a motovelocidade, eu parei de assistir futebol. Não joguei mais também, mas o número 10 eu coloquei justamente por isso, porque acho que o número 10 é um número muito, muito importante no futebol. É também com certeza um número muito bonito. E é uma pena que ano que vem eu não possa usá-lo, só que já tem um outro, então vamos ver”, revelou o piloto – Luca Marini tem o “10” na sua moto.

Qual será a escolha?

“Ainda não foi revelada. Eu só vou falar qual será depois da última corrida”, prometeu.

Que seja também com o título da Moto2.

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