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Ditadura da Venezuela mantém oposicionista preso desde janeiro

A ditadura da Venezuela mantém preso há mais de sete meses o empresário oposicionista e coordenador da campanha de Maria Corina Machado em 2024, Noel Vidal Álvarez Camargo, ex-presidente da Federação de Câmaras e Associação de Comércio e Produção da Venezuela (Federcámaras), a mais importante organização de empresários do páis vizinho.

O empresário e oposicionista venezuelano Noel Vidal Álvarez Camargo, preso pela ditadura da Venezuela | Foto: Gente - DivulgaçãoO empresário e oposicionista venezuelano Noel Vidal Álvarez Camargo, preso pela ditadura da Venezuela | Foto: Gente - Divulgação
O empresário e oposicionista venezuelano Noel Vidal Álvarez Camargo, preso pela ditadura da Venezuela | Foto: Gente – Divulgação

Desde o dia 10 de janeiro a família de Álvarez Camargo não tem notícias do empresário, pois o regime de Nicolás Maduro se recusa a fornecer informações sobre sua condição.

“Diferente dos outros presos, ele não teve direito a telefone, a contato com a família, a nada. Mesmo não tendo condenações pregressas muito menos representando um perigo para a ordem pública do país”, explica uma familiar que preferiu se manter em sigilo em entrevista á Revista Oeste.

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A família de Álvarez Camargo só conseguiu obter informações graças a outros familiares de presos, que visitaram seus colegas na prisão. Segundo a familiar do oposicionista, ele estaria sofrendo sérios problemas de saúde, especialmente os rins, tanto que teria sido forçado a usar uma sonda papa poder urinar.

“Ele ia na academia todos os dias. Era uma pessoa super sadia. Agora não sabemos em que situação ele se encontra pois as autoridades venezuelanas simplesmente não respondem às nossas solicitações. É angustiante”, disse a familiar.

Comissão da OEA exige ação do governo da Venezuela

Por isso, a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH), entidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), interveio e exigiu que o governo da Venezuela proteja o dissidente, que estaria em risco de vida.

“O seu paradeiro era inicialmente desconhecido, após a sua detenção e, embora tenha podido receber visitas posteriormente, está detido em regime de incomunicabilidade desde 11 de março”, explicou a CIDH.

A comissão lamentou “uma deterioração progressiva do seu estado de saúde“, “a falta de informações por parte das autoridades sobre o seu estado atual e sobre se está a receber [ou não] cuidados médicos”.

“O Estado [venezuelano] não forneceu informações à CIDH”, informou a CIDH.

A comissão exigiu ao Estado da Venezuela que adote as medidas necessárias para proteger os direitos à vida, à integridade pessoal e à saúde de Camargo e que garanta que as condições de detenção do dissidente respeitem as normas internacionais.

Álvarez Camargo, 65 anos, foi detido por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, a polícia secreta do regime socialista.

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O empresário foi coordenador do partido político “Gente” e liderou a plataforma política Comando Com a Venezuela.

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Ele teria se recusado a fugir para a embaixada da Argentina acreditando que nada aconteceria com ele pois não teria cometido nenhum crime.

Venezuela tem centenas de presos políticos

Segundo a ONG venezuelana Foro Penal, que defende os direitos humanos no país, atualmente o número de presos políticos na Venezuela chega a 948.

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