O Programa Mais Médicos, implantado no Brasil em junho de 2013, voltou a estar no centro das atenções. Isso ocorreu depois de o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmar que o governo norte-americano planeja aplicar sanções aos envolvidos no projeto que beneficiou a ditadura cubana.
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Para ter uma compreensão da dimensão dos valores, o regime de Raúl Castro recebeu cerca de R$ 5 bilhões nos cinco anos e quatro meses em que a proposta foi executada.
O salário dos profissionais do Programa Mais Médicos
O levantamento foi realizado com base em cálculos dos repasses à ditadura de Cuba. No auge do projeto, trabalhavam no Brasil mais de 8 mil profissionais cubanos. O salário bruto por médico era de R$ 12 mil.
Os médicos, contudo, não ficavam com o valor completo. Cerca de 70% (mais de R$ 8 mil) eram repassados ao regime implantado por Fidel Castro, morto em 2016.
Em postagem no X, nesta quarta-feira, 13, Rubio afirmou que o governo dos EUA está tomando medidas para revogar vistos de brasileiros e de ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde. O órgão foi o responsável por articular o projeto no Brasil.
.@SecRubio: O @StateDept também está tomando medidas visando revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da Opas, cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano. O Mais Médicos foi um golpe… https://t.co/R57ljCzU9N
— USA em Português (@USAemPortugues) August 13, 2025
“Golpe diplomático”
Para o governo norte-americano, o Programa Mais Médicos foi um “golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”. Rubio já havia avisado que a administração do presidente Donald Trump expandiria a política de restrição de vistos relacionada ao regime cubano.
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“Promoveremos a responsabilização do regime cubano pela opressão de seu povo e daqueles que lucram com o trabalho forçado”, escreveu Rubio.
The United States is expanding its Cuba-related visa restriction policy. @StateDept has taken steps to restrict visa issuance to Cuban and complicit third-country government officials and individuals responsible for Cuba’s exploitative labor export program. We will promote…
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) February 25, 2025