Embora seja uma ditadura, o regime de Cuba não proíbe o acesso a redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter. Em vez disso, o governo derruba as plataformas quando se sente ameaçado e monitora os usuários — tudo previsto em regras, defendidas por todos os juízes do país, principalmente os da Suprema Corte.
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Esse é o tipo de modelo que preocupa quando se fala em controlar as redes sociais no Brasil. O alerta se intensifica no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu estabelecer critérios para esse controle digital.
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A Suprema Corte do Brasil julgou e determinou critérios para regular as redes sociais. De acordo com a CNN, a regulamentação do STF considera crime “restringir o exercício dos Poderes constitucionais”.
Ditadura na internet
Em Cuba, uma das garantias da força do regime é exatamente a Constituição. Para os cubanos, não contestar as regras é a ordem da lei, assim como acontece em toda ditadura — com efeitos nas redes sociais em menor ou maior grau.
No Irã, por exemplo, a dosagem é maior. Depois dos protestos de 2022, o regime proibiu WhatsApp por quase dois anos. Hoje, Twitter, Facebook e Instagram estão bloqueados, porém alguns desafiam a imposição com o uso de VPN — recurso que, em tese, esconde os dados e a localização do usuário. Aparentemente, os aiatolás acham as redes mais perigosas do que a bomba atômica.
Tal sensação é ainda mais intensa na Coreia do Norte, onde a ditadura está na terceira geração. O Partido dos Trabalhadores da Coreia dita as regras no país, sob o comando de Kim Jong-un — neto e herdeiro direto do fundador do regime.
Em 1945, ano da chegada da família Kim ao poder, não existia internet. Hoje, quando quase todo o mundo está conectado, na Coreia do Norte o acesso é limitado a um sistema nacional controlado pelo Partido dos Trabalhadores. Nada de rede social internacional ou informações externas, assim é o ambiente que os norte-coreanos comuns podem navegar. Com o ditador e a elite, é diferente: para eles, a lei garante tudo.
Mais ao norte da fronteira, um gigante impede a liberdade na rede para 1,4 bilhão de habitantes. É a China, uma ditadura em que o homem comum não tem acesso ao Twitter, ao Facebook nem ao Instagram. Ironicamente, as fábricas chinesas lucram alto com a internet livre e as redes sociais. Grande parte do dinheiro que mantém o império do Partido Comunista vem do fornecimento de equipamentos que conectam o mundo.