Jannik Sinner de um lado, Carlos Alcaraz do outro. Como todo esporte em que os números 1 e 2 do mundo estão em lados opostos, a expectativa é imensa para que o confronto direto aconteça. Mas o mundo do tênis é diferente e costuma apresentar um desafiante, que, em alguns casos, pode até ser o mesmo que já “atrapalhou” certa rivalidade no passado.
As semifinais masculinas do US Open serão decididas nesta sexta-feira (5), a partir das 16h (de Brasília), com transmissão ao vivo do Disney+. Em jogos na Arthur Ashe, quadra principal do complexo em Flushing Meadows, Alcaraz e Novak Djokovic abrem a disputa, seguidos do confronto entre Sinner e o canadense Félix Auger-Aliassime, que busca o primeiro major da carreira.
Se muitos torcem pela repetição de Sinner contra Alcaraz, duelo que já aconteceu em Roland Garros, Wimbledon, Roma e Cincinnati nesta temporada, há alguém disposto a atrapalhar, ainda que seja fã do novo duopólio do tênis: Djokovic, aos 38 anos e maior campeão de Slams entre os homens, com 24 títulos.
“A rivalidade deles é incrível. O que conseguiram nos últimos dois anos é extraordinário para ambos. É, sem dúvida, a melhor que temos neste momento e parece que vai continuar assim durante algum tempo. Há outros jogadores jovens que certamente os vão desafiar e esperemos que alguém consiga entrar nessa luta”, discursou o sérvio, justamente o último não chamado Sinner ou Alcaraz a vencer um major. Desde o US Open de 2023, italiano e espanhol levaram os sete troféus seguintes do circuito.
Djoko sabe o que é se infiltrar em uma rivalidade. Ao conquistar o Australian Open de 2008, ele quebrou uma sequência de 11 títulos de Roger Federer e Rafael Nadal, dois dos maiores nomes do esporte. A partir de 2011, a evolução do sérvio transformou a rivalidade, agora dividida em três, não mais em dois.
Como quem se infiltrou entre Federer e Nadal, Djokovic sabe que não tem como ser o terceiro elemento por muito mais tempo, mas cita nomes que podem fazer seu papel.
“O (Holger) Rune já esteve lá, vive tem altos e baixos, também tem (João) Fonseca. Há jogadores que podem ocupar o lugar Djoker, o terceiro lugar. Identifico-me com esse terceiro jogador, porque estive nessa posição com o Federer e o Nadal. Quero ver um terceiro jogador entrar”.
Enquanto o futuro não chega e os jovens não conseguem parar Sinner e Alcaraz em Grand Slams, Novak tenta usar sua experiência para interromper, mais uma vez, um domínio no esporte. Ele ainda tem um retrospecto positivo diante do rival 16 anos mais novo.
Djokovic encara Alcaraz pela 9ª vez na carreira e acumula cinco vitórias, sendo as duas mais recentes nas quartas do Australian Open, no início do ano, e na final dos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado.
O sérvio nunca foi superado pelo espanhol de 22 anos em um confronto na quadra dura e segue focado no seu 25º título de Grand Slam da carreira.
Será que Djokovic vai se intrometer na rivalidade entre Alcaraz e Sinner assim como fez na de Federer e Nadal? A primeira semifinal masculina do US Open 2025 dirá.
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