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Do berço até a ‘benção’ de Zico: como Ortiz se inspira no passado para cravar seu nome no Flamengo

De Fábio Luciano a Rodrigo Caio, Júnior Baiano a Rondinelli, o ‘Deus da Raça’, não são poucos aqueles que vestiram a camisa 3 no Flamengo. Fazer história com ela, no entanto, é para poucos. É com essa mentalidade que Léo Ortiz encara a reta decisiva de sua segunda temporada pelo Rubro-Negro.

Às vésperas do confronto de volta da semifinal da CONMEBOL Libertadores contra o Racing, nesta quarta-feira (29), o zagueiro concedeu entrevista exclusiva ao ESPN.com.br. Em pauta, a trajetória, os percalços, as lições e o estilo de jogo que conquistou não apenas as arquibancadas como o maior ídolo da torcida.

Ser titular absoluto, ganhar títulos, jogar na seleção e até ser lembrado em uma lista prévia de Copa do Mundo. Credenciais que fazem de qualquer jogador uma peça especial em um elenco. Quando este é considerado o “camisa 10” de sua posição, o sarrafo passa a ser alçado a outro patamar.

No Flamengo desde março de 2024, quando foi contratado junto ao Red Bull Bragantino, Ortiz vive seu auge no Rubro-Negro. Na atual temporada, foi titular em 49 dos 53 jogos que disputou, com quatro gols e duas assistências. O estilo de jogo surpreendeu ninguém menos que Zico, que interrompeu uma entrevista coletiva do zagueiro em fevereiro deste ano para elogiar seu desempenho.

“É sempre bom apreciar quem gosta do futebol, jogadores como você (Ortiz), que têm amor pela bola, que trata ela bem. Ela gosta de ser bem tratada e é bom a gente ver isso em jogador do futebol de hoje”, disse o Galinho, que endossou o apelido de “camisa 10 da zaga” cunhado pela torcida.

Meses depois, Ortiz ainda se recorda daquele como um dos dias mais memoráveis dias que viveu. “Foi muito especial, acho que durante o tempo que estava para vir junto com a minha família, sobre a transferência para o Flamengo, os pontos, sempre vem a questão da grandeza do clube, e você nunca imagina que possa acontecer uma coisa dessa. Foi uma coisa inesperada e muito marcante ser reconhecido pelo maior da história do clube e um dos maiores do esporte”, lembrou.

Inicialmente utilizado como volante por Tite, Ortiz passou a ser o titular absoluto com a chegada de Filipe Luís no comando rubro-negro. O início improvisado, no entanto, não foi um obstáculo para o zagueiro de 29 anos, que não nega suas origens.

“Comecei como volante, então acho que vem um pouco daí também, lógico que vem muito do futsal também a questão da técnica, do trato com a bola, da maneira como eu jogo, acho que muitas coisas eu trouxe do futsal. É um estilo de jogo que fui construindo durante a minha carreira”, conta.

Em 2022, o zagueiro chegou a integrar a lista dos 55 nomes para a Copa do Mundo, no Qatar. Mesmo com todo o reconhecimento, no entanto, o filho de Ortiz, lenda do futsal e campeão de tudo com clubes e seleção, sabe que ser o camisa 10 da posição não é suficiente para quem quer fazer história com o número 3.

“Quando jovem, cometi alguns erros e isso fez com que eu aprendesse cada vez mais para entender que é muito bom se reconhecido como o ’10 da zaga’ pela parte técnica, mas que a primeira característica de um zagueiro é defender, marcar, se proteger, não levar gol, então sempre ressalto esses dois lados. Fico muito feliz pelo carinho, pela parte técnica, pelos elogios, mas é um combo, ser zagueiro hoje você tem que saber jogar, mas também destruir”, ressaltou.

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