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doenças e estratégias de combate são apresentadas em painel

Nesta quarta-feira (23), durante o X Congresso Brasileiro de Soja (Cbjsoja) e Mercosoja, em Campinas (SP), foram apresentados os mais recentes resultados da rede de ensaios de controle de doenças da soja. Moderado pelo pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Meyer, o debate reuniu especialistas para apresentar dados da última safra e discutir o impacto das doenças que mais desafiam a cultura da soja, como mancha-alvo, mofo branco e ferrugem asiática.

Meyer explicou que a pesquisa é o alicerce da sustentabilidade da cadeia produtiva da soja. “Sem a pesquisa, que permite adaptar cultivares e entender a interação entre ambiente e plantas, não seria possível definir estratégias eficazes de controle e manejo. Por isso, todas as decisões são baseadas em estudos científicos”, disse. Ao longo do tempo, diversos estudos acompanharam as principais doenças nas diferentes regiões. “Com isso, foi criada uma força-tarefa que coordena os ensaios em rede para controle químico e biológico, justamente para identificar os melhores tratamentos”, reforçou.

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Dados apresentados

Carlos M. Utiamada, da Fornarolli Ciência Agrícola, abordou o papel das doenças de final de ciclo e a necessidade de estratégias de manejo eficazes. “Entre as estratégias está a rotação de fungicidas, fundamental para atrasar o surgimento de resistência nos patógenos”, afirmou. O pesquisador também explicou que foram testados 12 tratamentos, incluindo protocolos com e sem fungicidas, além de avaliações sobre fitotoxicidade dos produtos.

Já a pesquisadora Cláudia Godoy apresentou os dados sobre ferrugem-asiática, considerada a doença mais temida pelos produtores. “A ferrugem é a única que realmente quebra o produtor. Mas, com o vazio sanitário e cultivares precoce, temos conseguido escapar em muitas regiões”, explicou. Mesmo com uma safra considerada fraca para a doença, surtos foram registrados com severidade média de 34%, além da detecção de mutações resistentes, como a V130A.

A pesquisadora Luana Belufi, da Fundação Rio Verde, falou sobre a mancha-alvo. “A mancha-alvo teve alta incidência nos ensaios e, em muitos casos, comprometeu o rendimento das lavouras. É uma doença que exige atenção redobrada no manejo”, alertou. Segundo ela, a severidade e o avanço da doença em várias regiões levaram inclusive à exclusão de dados de produtividade em algumas áreas.

Hércules Campos, da Universidade de Rio Verde, destacou a importância de monitorar o mofo branco, doença que depende das condições climáticas para se desenvolver. Ele explicou que, embora pontual, o mofo branco pode causar perdas médias de 22%, com números maiores em safras e áreas mais favoráveis à doença. Além disso, a presença do mofo branco junto a outras doenças aumenta o impacto negativo na lavoura, evidenciando a complexidade do manejo fitossanitário da soja.

Por fim, o professor Flávio Medeiros, da Universidade Federal de Lavras, compartilhou os resultados da rede de ensaios que avaliou o uso de produtos biológicos. Esta foi a terceira safra consecutiva testando essas soluções para o controle de doenças foliares, com tratamentos que combinam biológicos com químicos, assim como aplicações exclusivas de biológicos.

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