O dólar abriu o pregão desta quarta-feira, 12, com uma alta, cotado a R$ 5,81. A elevação da moeda norte-americana está relacionada principalmente à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação no Brasil.
A entrada em vigor de tarifas dos EUA sobre o aço e o alumínio e a divulgação da inflação norte-americana também estão no foco dos investidores.
O IPCA registrou um aumento de 1,31% em fevereiro, o maior índice para o mês desde 2003. Analistas esperavam um aumento de 1,3%. Em janeiro, a inflação foi de 0,16%.
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Nos últimos 12 meses, a inflação brasileira alcançou 5,06%, superando o teto da meta do Banco Central, que é de 3%, com margem de tolerância entre 1,50% e 4,50%.
Pouco depois das 9h, o dólar estava cotado a R$ 5,8197, o que representa uma alta de 0,14% em relação ao fechamento do dia anterior. Na terça-feira, a moeda americana recuou 0,68%, fechando a R$ 5,8116.
O Ibovespa, principal indicador do mercado de ações brasileiro, começou suas operações às 10h, depois de ter encerrado o pregão anterior com queda de 0,81%. Esse desempenho foi influenciado por fatores internacionais.
Inflação nos Estados Unidos e política tarifária e o reflexo no dólar
Nos Estados Unidos, a inflação cresceu 0,2% em fevereiro, mostrando desaceleração em relação ao aumento de 0,5% no mês anterior. Esse valor ficou abaixo da expectativa de 0,3% dos mercados.
A política tarifária de Donald Trump continua gerando cautela nos mercados. Nesta quarta-feira, 12, entraram em vigor tarifas de importação de 25% sobre o aço e o alumínio, o que pode aumentar a pressão inflacionária nos EUA e causar receio de recessão.


Depois de um início de semana tenso, os mercados receberam alívio com a notícia de um cessar-fogo de 30 dias entre Ucrânia e Rússia, impactando positivamente o mercado de commodities, apesar das incertezas persistentes.
Em janeiro, a indústria brasileira não variou em relação ao mês anterior, depois de três meses de queda, mas cresceu 1,4% em comparação com janeiro do ano passado, acumulando alta de 2,9% em 12 meses. Economistas alertam para o ritmo lento da indústria em 2025.