O mercado brasileiro de soja apresentou um dia mais firme, impulsionado pelo avanço do dólar e pela valorização das cotações nos portos. Segundo o analista Rafael Silveira, da Safras & Mercado, os preços chegaram a testar o patamar de R$ 140,00, refletindo um cenário mais animado para os produtores.
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“Em Minas Gerais, as cotações seguem firmes, muito acima da paridade, e em Goiás também”, explicou. No Paraná, o analista observou bons preços do lado comprador, enquanto produtores aproveitaram os melhores momentos do câmbio ao longo do dia.
Silveira ressaltou que a Bolsa de Chicago (CBOT) recuou forte, mas a valorização do dólar ajudou a sustentar o mercado físico. “Os prêmios se movimentaram pouco, mas, no geral, os preços ficaram melhores”, avaliou. A comercialização da safra nova, contudo, segue com poucas indicações.
Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 132,00 para R$ 133,00
- Santa Rosa (RS): subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 135,00
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 125,00 para R$ 126,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 125,00 para R$ 126,00
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 124,00 para R$ 126,00
- Paranaguá (PR): subiu de R$ 137,50 para R$ 138,00
- Rio Grande (RS): subiu de R$ 138,00 para R$ 139,00
Chicago
Os contratos futuros da soja fecharam em forte baixa nesta sexta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), pressionados por declarações do presidente americano Donald Trump sobre possíveis aumentos de tarifas para a China, que dissiparam as expectativas de um acordo para ampliar as compras asiáticas de soja dos EUA.
O posicionamento de Trump gerou aversão ao risco, com investidores buscando opções mais seguras. Em postagem na rede social Truth Social, ele mencionou um aumento maciço das tarifas sobre produtos chineses e a possibilidade de não se encontrar com o presidente Xi Jinping na cúpula da Apec na Coreia do Sul.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 15,50 centavos de dólar, ou 1,51%, a US$ 10,06 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,23 1/4 por bushel, com baixa de 15,25 centavos ou 1,46%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,90 ou 0,68%, a US$ 275,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 49,97 centavos de dólar, com perda de 0,97 centavo ou 1,90%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,39%, sendo negociado a R$ 5,5037 para venda e a R$ 5,5017 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3617 e a máxima de R$ 5,5182. Na semana, a valorização chegou a 3,14%.