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Donald Trump sugere que Zelensky ceda territórios à Rússia

A concessão de territórios da Ucrânia para a Rússia é um dos pontos para encerrar a guerra entre os dois países.

É o que informou o jornal norte-americano The New York Times, na sexta-feira 15, depois da reunião entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, no Alasca.

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A proposta, já comunicada a Volodymyr Zelensky, prevê que Kiev ceda as regiões de Donetsk e Lugansk à Rússia.

O conselho de Donald Trump a Zelensky

Trump, ao comentar o assunto à emissora Fox News, aconselhou Zelensky a aceitar a proposta ao justificar que “a Rússia é uma grande potência e os ucranianos, não”. 

“Faça o acordo”, afirmou o republicano. “Você precisa fazer o acordo.” 

O presidente dos EUA também disse que busca um pacto de paz duradouro e afastou a prioridade em um cessar-fogo imediato, posição que defendia anteriormente.

Reação internacional e detalhes da proposta russa

A União Europeia, em resposta à continuidade do conflito, informou neste sábado, 16, que vai reforçar as sanções econômicas contra Moscou. O objetivo é pressionar pela paz. O bloco reiterou que não aceita mudanças forçadas no território ucraniano.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Foto: Reprodução/Flickr/The Pursuit RoomPresidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Foto: Reprodução/Flickr/The Pursuit Room
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Foto: Reprodução/Flickr/The Pursuit Room

“Continuaremos a intensificar as sanções e medidas econômicas para pressionar a Rússia até que a paz seja alcançada”, diz o comunicado europeu. “As fronteiras internacionais não devem ser alteradas à força.”

Leia mais: “Moscou é uma festa”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 250 da Revista Oeste

De acordo com veículos de imprensa dos EUA, a oferta de Moscou inclui a retirada russa de outras áreas invadidas da Ucrânia, desde que Donetsk e Lugansk sejam incorporadas à Rússia.

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As duas regiões formam o Donbass, fronteira com o sudoeste russo, tradicional foco de movimentos separatistas pró-Rússia. Putin já reivindicava o Donbass. Três dias antes do começo da invasão, em 2022, o líder da Rússia reconheceu oficialmente a independência dessas áreas.

A reunião bilateral entre os presidentes da Rússia e dos EUA

O encontro entre Putin e Trump, que se estendeu por três horas, terminou sem consenso para um cessar-fogo. Essa foi a primeira reunião bilateral entre os líderes desde 2018 e o primeiro diálogo de alto nível entre EUA e Rússia desde o começo do conflito, em fevereiro de 2022.

Donald Trump posa ao lado de Vladimir Putin | Foto: White House/DivulgaçãoDonald Trump posa ao lado de Vladimir Putin | Foto: White House/Divulgação
Donald Trump posa ao lado de Vladimir Putin | Foto: White House/Divulgação

Putin agradeceu o convite de Trump e classificou o diálogo como “construtivo”. “Vemos o desejo de Trump de entender a essência do conflito e estamos sinceramente interessados em acabar com ele”, afirmou. “Concordo com Trump que a segurança da Ucrânia deve ser garantida. Espero que a compreensão mútua traga paz à Ucrânia.”

Putin também mencionou o potencial de cooperação econômica com os EUA. Ele destacou a importância de evitar interferências da Ucrânia e da Europa nas negociações. 

“A parceria de investimento entre Rússia e EUA tem enorme potencial”, afirmou o presidente russo. “Esperamos que a Ucrânia e a Europa não tentem sabotar as negociações. Esperamos que os acordos de hoje sirvam de ponto de partida para a restauração das relações entre nossos países.”

Clima das negociações e próximos passos

Na sequência, Trump declarou que não foi alcançado um acordo de cessar-fogo, mas avaliou o encontro como “muito produtivo”. O norte-americano afirmou ainda que os dois líderes concordaram com “a maioria dos pontos”. 

Kirill Dmitriev, enviado especial russo, disse à TV estatal russa que as negociações transcorreram “notavelmente” bem. Putin elogiou os “esforços sinceros” dos EUA para buscar a solução do conflito e manifestou expectativa de que o diálogo direto com Trump possa contribuir para a “paz mundial”. O presidente da Rússia disse, no entanto, que deve haver entendimento sobre o uso de armas estratégicas.

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