O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) rebateu nesta terça-feira, 5, notícias que indicavam um possível recuo em sua atuação nos Estados Unidos. Ele descartou uma eventual relaxamento contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial Alexandre de Moraes. Segundo ele, é “mentira” dizer que desistiu de avançar com sanções a autoridades brasileiras.
“Estão sendo veiculadas aí matérias dizendo que o Eduardo Bolsonaro recua. E que está pedindo para não sancionar os ministros, que eu não estaria disposto a encará-los. Isso é mentira. Eu abri mão do meu mandato. Estou aqui nos Estados Unidos exclusivamente para essa pauta”, afirmou o ex-parlamentar em áudio divulgado nas redes sociais.
Eduardo: “Desejo é por justiça, não por vingança”
Atualmente, Eduardo age como articulador informal da oposição no exterior. Ele declarou que busca principalmente uma saída “menos traumática”, mas com foco em isolar Alexandre de Moraes no cenário internacional. “O meu desejo aqui é por justiça, não é por vingança”.
Estão mentindo. Não há qualquer recuo nas ações. A idéia de que as coisas não estão acontecendo como imaginávamos é uma piada.
Tudo está acontecendo exatamente como imaginávamos e as ações e reações estão completamente dentro do que foi planejado. pic.twitter.com/H75BJ3U5rw
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 5, 2025
Ele reforçou da mesma forma que segue um “passo a passo” estratégico. Acrescentou que começou com a retirada de vistos diplomáticos e avançou com sanções da lista OFAC. A sigla refere-se ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, órgão do Departamento do Tesouro dos EUA. “Quem sabe amanhã a esposa do Alexandre de Moraes e outras autoridades venham a sofrer as mesmas sanções”.
A fala de Eduardo Bolsonaro ocorre em meio sobretudo à intensificação da campanha internacional da direita brasileira por punições a membros do Judiciário. Eles são acusados de perseguição política a Jair Bolsonaro e seus aliados. Na última semana, o governo dos EUA incluiu o ministro Moraes na lista Magnitsky, que prevê congelamento de bens e restrições de visto.
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Aliados de Moraes e membros do governo federal reagiram com críticas à movimentação liderada por Eduardo, classificando as ações como tentativa de interferência estrangeira e desestabilização institucional. O ex-deputado, no entanto, reforça que continuará com as articulações em Washington e nega qualquer intenção de recuar.
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