O Fluminense conta com a experiência de um líder para fazer história no Mundial de Clubes diante da Inter de Milão nesta segunda-feira (30) valendo vaga nas quartas de final: o goleiro Fábio.
Aos 44 anos, o camisa 1 é o jogador mais velho entre todos os quase 1000 atletas inscritos na competição e, mesmo com a idade avançada, se mantém em alto nível. Não à toa, fechou o gol no empate em 0 a 0 com o Mamelodi, que colocou o time das Laranjeiras nas oitavas.
Desde 2022 no Fluminense depois de construir uma carreira vitoriosa também no Cruzeiro, Fábio segue alcançando marcas e se consolidando como um dos principais goleiros da história do futebol nacional. Apesar disso, teve poucas oportunidades na seleção brasileira, fato que o ex-lateral-esquerdo Jorginho Paulista até hoje não entende.
Com passagens por Palmeiras, Vasco e Botafogo, o ex-defensor pendurou as chuteiras em 2014 e conheceu Fábio em 1997, quando os dois foram campeões mundiais sub-17 com a seleção. Para se ter uma ideia, na época o arqueiro foi convocado mesmo atuando no União Bandeirante, time de pouca expressão no Paraná. Anos mais tarde, eles se reencontraram no profissional do Cruzmaltino.
”O Fábio é uma quebra de paradigma. Ele foi convocado para a seleção jogando por esse time. Poderia ser goleiro do São Paulo, do Flamengo, do Internacional, do Cruzeiro, enfim… foi pelo União Bandeirante pelo tanto que ele já era bom naquela época. Desde lá até hoje, o Fábio sempre demonstrou ser diferente. O cara ser convocado de um time que hoje nem existe e a longevidade que ele tem”, lembrou Jorginho em entrevista exclusiva à ESPN.
De lá para cá, Fábio voltou a vestir a camisa verde e amarela poucas vezes. Ele integrou os elencos da seleção na Copa das Confederações de 2003 e na Copa América de 2004, mas sem ser utilizado. Depois, foi chamado para alguns amistosos em 2011, porém sem ir a campo, e até hoje sequer disputou uma Copa do Mundo.
”Ele segue dando conta do recado e em alto nível. Agora, ele está em um grande nível e em um grande clube. Aqui no Brasil, não se convocam jogadores mais velhos porque fazem a geração para a próxima Copa do Mundo. Mas eu não sei o porquê o Fábio nunca esteve em uma Copa do Mundo, onde tiveram outros goleiros que não vejo o mesmo histórico que ele na seleção brasileira desde as categorias de base”, pontuou Jorginho.
”O Fábio é campão mundial sub-17, foi campeão sul-americano sub-20. Ele tem um histórico com a CBF, mas como a gente sabe de coisas que acontecem nos bastidores, negociatas…Eu falo que o Fábio não foi para uma seleção por uma simples situação de negociatas externas que acontecem nos bastidores. Ele tinha totais condições de ir”, completou o ex-jogador.
Campeão da CONMEBOL Libertadores de 2023 com o Fluminense, Fábio defenderá o Tricolor até, pelo menos, os 46 anos, já que renovou seu contrato por mais uma temporada, e quer seguir fazendo história com a camisa verde e grená para provar que idade é, de fato, apenas um número.
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