Acabou o período sabático de Jurgen Klopp. O ex-treinador do Liverpool foi anunciado nesta quarta-feira (9) como novo diretor de futebol da Red Bull.
Vai assim supervisionar a rede de clubes da empresa e, embora não esteja envolvido na administração diária, ajudará com a “visão estratégica”, auxiliará os diretores esportivos, dará suporte à operação global de olheiros e também ajudará no treinamento e desenvolvimento de treinadores.
Hoje, a Red Bull tem cinco times: o brasileiro Bragantino, o alemão RB Leizpig, o americano New York RB e os austríacos RB Salzburg e FC Liefering.
Em nenhum lugar ele terá tanto trabalho como em Bragança Paulista e no Brasil
Isso segundo suas próprias palavras, enquanto dirigia o Liverpool.
Por várias oportunidades o alemão cornetou a organização do futebol brasileiro.
Em 2019, falou que tinha carinho especial pelo futebol brasileiro e por Pelé, mas soltou farpas. “Tite tem um bom time [na seleção Brasileira] em um futebol maluco. Ser técnico no Brasil não é uma escolha óbvia em clubes e talvez na seleção, porque a pressão é muito grande.”
Mais explícito foi quando aconselhou o ex-volante brasileiro Lucas Leiva, que foi seu jogador no Liverpool, em um vídeo no ano passado, quando Lucas anunciou sua aposentadoria como atleta.
“Do meu ponto de vista, eu consigo te ver como um técnico. Talvez você não deveria treinar no Brasil porque eles trocam de técnico com mais frequência do que as pessoas trocam de roupa íntima. Você pode ir pra Inglaterra, Itália, você fala tantas línguas. Quando você passar pela Inglaterra você é mais que bem-vindo pra vir aqui conversar. Te vejo em breve, meu amigo”, disse Klopp.
Em 2021, Klopp ficou possesso quando o Brasil decidiu organizar a Copa América e fez o Liverpool perder jogadores brasileiros.
“Temos uma partida de futebol para jogar novamente e eles nos dizem que não podemos jogar com nossos jogadores brasileiros. É como, ‘O quê?’ Então, não fizemos nada. Não organizamos a Copa América, não somos responsáveis pelos jogos que eles não puderam jogar.”
A ver se Pedro Caixinha, o atual técnico do Bragantino, terá a paciência de Klopp.