Policial foi intimado a depor sobre a execução de ex-PM, ocorrida no início deste ano
Publicado: 11/08/2025, 18:27
Saladini (esquerda) e Lobrigatte (direita) foram mortos com dezenas de tiros –
Sete meses depois de duas execuções brutais em Curitiba, as investigações seguem praticamente paradas, pois a lista de possíveis mandantes não é pequena. Em um intervalo de 12 dias, dois ex-policiais militares foram mortos. Juntos, eles receberam cerca de 200 disparos.
O primeiro caso ocorreu em janeiro, no bairro Sítio Cercado. Marcelo Araújo Saladini, de 33 anos, chegava em casa quando foi surpreendido por dois atiradores. Expulso da Polícia Militar em 2020, Saladini havia sido flagrado com arma e drogas durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
As suspeitas contra ele iam além. Ele teria se apropriado de R$ 1 milhão de traficantes ligados a facções criminosas e era investigado pela morte de um amigo próximo, também em 2020.
Doze dias depois, mais uma execução com características semelhantes. O alvo da vez foi Anderson Lobrigatte, outro ex-PM expulso por envolvimento em atividades criminosas. Ele mantinha negócios que, segundo a polícia, funcionavam como fachada para o tráfico de drogas. No dia da morte, ele estava em um veículo blindado no bairro Capão Raso, mas isso não foi suficiente para escapar da ação dos executores.
A RICtv obteve, com exclusividade, um documento que liga um policial da ativa à investigação sobre a morte de Lobrigatte. Ele foi intimado a depor no caso. O agente é acusado de integrar uma quadrilha especializada em roubos de cargas de caminhões, processo que tramita desde 2022.
Apesar da brutalidade e da possível ligação entre as execuções, as investigações ainda não avançaram significativamente.
Com informações de Banda B, parceira do Portal aRede.
