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Em reunião, diplomatas europeus e Irã discutem tensão com Israel

Representantes europeus e o ministro das Relações Exteriores do Irã se encontram, nesta sexta-feira, 20, em Genebra, na Suíça, no momento em que as tensões entre Irã e Israel aumentam e o programa nuclear iraniano volta ao centro das discussões.

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O encontro reúne os chanceleres do Reino Unido, da França e da Alemanha, conhecidos como E3, além da chefe da diplomacia da União Europeia. Eles atendem a uma proposta do Irã para buscar alternativas diplomáticas ao conflito com os israelenses, além do debate das questões nucleares de maneira geral.

A reunião em Genebra

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No encontro, estão presentes Johann Wadephul, da Alemanha, Jean-Noël Barrot, da França, David Lammy, do Reino Unido, e Kaja Kallas, da União Europeia. A escolha de Genebra remete ao acordo nuclear firmado ali, em 2013, sob Barack Obama, do qual os EUA se retiraram durante o governo Donald Trump.

O diálogo ocorre depois do fracasso das negociações recentes entre Irã e EUA, interrompidas em razão dos bombardeios israelenses de 12 de junho. Diplomatas europeus alegam que, enquanto o Irã não negocia diretamente com os EUA, o E3 mantém esse canal aberto.

Leia mais: “Se Israel atacasse o inferno, a velha mídia elogiaria Lúcifer”, artigo de Carlo Cauti publicado na Edição 274 da Revista Oeste

“Os iranianos não conseguem se sentar com os norte-americanos, enquanto nós conseguimos”, afirmou um diplomata europeu. “Vamos dizer a eles para voltarem à mesa de negociações sobre a questão nuclear antes que o pior aconteça, ao mesmo tempo em que levantamos nossas preocupações com relação a seus mísseis balísticos, apoio à Rússia e detenção de nossos cidadãos.”

Preocupações nucleares e riscos de retaliação do Irã

Os diplomatas avaliam que não há expectativa de avanços significativos, mas consideram essencial manter o diálogo com Teerã. A preocupação maior é que, mesmo se a guerra parar, o conhecimento técnico adquirido pelo Irã permita retomar o programa nuclear de forma clandestina.

Autoridades iranianas reforçam o compromisso com soluções pacíficas e pedem que os europeus pressionem Israel pelo fim dos ataques. “O Irã continua comprometido com a diplomacia como único caminho para resolver disputas”, disse o representante iraniano. “Mas a diplomacia está sob ataque.”

Resolução na ONU e ameaça de sanções

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Bandeira da ONU | Foto: Reprodução/Freepik

Recentemente, o E3 e os EUA apresentaram à Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU, uma resolução que acusa o Irã de descumprir o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Autoridades europeias cogitam encaminhar o caso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas caso não haja avanços.

Leia também: “Defensor do Hamas”, reportagem de Eugenio Goussinsky publicada na Edição 273 da Revista Oeste

Esse movimento seria paralelo ao possível uso do mecanismo de snapback, que permite a reimposição automática de sanções da ONU até 18 de outubro, antes da expiração do acordo de 2015. Os europeus podem acionar esse recurso e preveem o fim de agosto como prazo final.

“O Irã declarou repetidamente que acionar o snapback terá consequências graves”, afirmou o funcionário iraniano.

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