Dados do relatório do Copernicus mostram que setembro de 2025 registrou a terceira maior temperatura média global da história, com 1,47 ºC acima da média pré-industrial. O aquecimento se concentrou principalmente no Ártico e na Antártica, segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.
Segundo Müller, mesmo com o fenômeno La Niña em andamento, que costuma resfriar parte da América do Sul, o termômetro global voltou a subir, indicando tendência de aquecimento nos próximos anos.
No Japão, por exemplo, as temperaturas chegaram a 43 ºC no último mês, evidenciando extremos climáticos que podem afetar diretamente a produção agrícola e o bem-estar da população.
Em 2023, o fenômeno contribuiu para quebras de safra de soja no Centro-Oeste brasileiro, enquanto 2024 ficou registrado como o segundo ano mais quente da história, ficando apenas abaixo do recorde anterior.
Aquecimento global
De acordo Müller, parte do Pacífico Equatorial apresenta águas mais frias, mas, ao redor, o oceano continua aquecido, mantendo uma média global elevada que preocupa cientistas, indicando que extremos de calor e irregularidade nas chuvas ainda devem ser enfrentados nos próximos anos.
Para o agro, o cenário exige atenção. O aumento da temperatura e a irregularidade das chuvas podem impactar safras futuras. “O caminho para o futuro é investir em sustentabilidade e tecnologia no campo”, alerta Müller.
O fenômeno reforça a importância de políticas climáticas e ações individuais para conter o aquecimento global, como preconiza o Acordo de Paris.