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Embrapa mostra como árvores aumentam renda e protegem meio ambiente

O Dia da Árvore, celebrado neste domingo (21), é uma data dedicada à conscientização sobre a importância das árvores para o nosso planeta. O Brasil possui aproximadamente 496 milhões de hectares de florestas, sendo 486 milhões de hectares de florestas naturais e cerca de 10 milhões de hectares de florestas plantadas. Apenas 2% da cobertura florestal nacional provém de florestas plantadas, enquanto a maior parte é de vegetação nativa.

As árvores desempenham um papel central na sustentabilidade dos sistemas agropecuários, oferecendo benefícios além da produção de madeira e frutos. De acordo com a pesquisadora da Embrapa Cerrados Karina Pulrolnik, práticas como a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e os sistemas agroflorestais (SAFs) mostram o quanto as árvores são importantes na recuperação de áreas degradadas, no aumento da biodiversidade e na melhoria da qualidade do solo e da água.

Pesquisa na Embrapa Cerrados

Na região do Cerrado, a Embrapa tem liderado pesquisas e validações de sistemas integrados ao longo de seus 50 anos de atuação, completados neste ano. Os sistemas integrados com árvores incluem a integração pecuária-floresta (IPF) e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que combinam componentes agrícolas, pecuários e florestais na mesma área.

Um exemplo é a implantação de eucalipto consorciado com braquiária e soja em áreas de pastagens degradadas. Essas práticas têm mostrado que áreas degradadas podem recuperar sua capacidade agrícola em poucos anos, oferecendo novas fontes de renda e aumentando a produtividade.

Espécies nativas e sua contribuição

Outro foco da Embrapa, lembra a pesquisadora, é o desenvolvimento de arranjos de SAFs com espécies nativas do Cerrado, como baruzeiro e pequizeiro, que são consorciados com culturas agrícolas. O pequizeiro, considerado a árvore símbolo do Cerrado, é valorizado por sua importância cultural e econômica para as comunidades locais.

A escolha da espécie arbórea em um sistema integrado depende de vários fatores, como características do solo e clima e conhecimento técnico, afirma Pulrolnik. Segundo ela, é essencial que a inserção das árvores siga práticas de conservação do solo e da água e que as espécies selecionadas sejam adequadas para o ambiente.

Benefícios da integração agroflorestal

A adoção do sistema ILPF com linhas de árvores intercaladas com pastagens melhora o bem-estar animal e a qualidade do solo, diz a pesquisadora. A sombra das árvores reduz o estresse térmico do gado, enquanto a ciclagem de nutrientes melhora a forragem. Experiências em fazendas no Cerrado revelam aumento na produção de carne e maior resiliência em períodos de seca.

Pesquisas da Embrapa Cerrados confirmam que esses sistemas têm um papel fundamental no armazenamento de carbono, contribuindo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A presença das árvores melhora a infiltração de água e protege nascentes e cursos d’água.

Estratégia de renda e conservação

A incorporação de árvores nos sistemas produtivos é uma estratégia que gera renda, reduz riscos produtivos e fortalece a segurança alimentar. A integração de árvores nas paisagens agrícolas representa um caminho para transformar áreas degradadas em sistemas produtivos e ambientalmente responsáveis.

Com informações de: embrapa.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.

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