A primeira leva de episódios da 4ª temporada de “Emily em Paris” chegou ao catálogo da Netflix na quinta-feira (15) após quase dois anos de espera por parte dos fãs da história criada e produzida por Darren Star.
Indo além do enredo, que acompanha a jornada da americana Emily Cooper, interpretada por Lily Collins, em Paris, a obra se destaca pelas apostas maximalistas dos personagens quando o assunto é composição visual.
Para o público, acostumado com a produção, é quase clichê dizer que a série carrega, como marca registrada, looks com mix de estampas, cores vibrantes, diversidade de acessórios e tudo aquilo que foge do óbvio e padrão.
A evolução de Emily Cooper para o estilo francês
Marylin Fitoussi, figurinista da série, classificou, em entrevista ao WWD, a nova fase como “temporada de vingança”, trazendo, inclusive, homenagens a grandes nomes da moda, como Twiggy, Biba, Swinging ’60s, Audrey Hepburn e Françoise Hardy, por exemplo.
Um dos looks é inspirado na comédia “Charada”, de 1963. O óculos usado por Emily é uma réplica exata do acessório visto em Hepburn no filme original.
Ainda que adote um estilo de se vestir com toque francês ao longo da temporada, Cooper não pretende se despedir do armário brilhante e o clássico espírito livre. Aliás, as peças continuarão por lá — sendo usadas no escritório e não necessariamente nas ruas da Cidade Luz.
“Emily está muito mais elevada, mas ela ainda é assumidamente um ‘peixe fora d’água. Ela está mostrando as [verdadeiras joias escondidas] em seu armário agora”, garantiu Fitoussi.
Miu Miu, Jacquemus e mais
Seguindo a dinâmica de vestir grifes icônicas, a figurinista também disse que, desta vez, o guarda-roupa inclui etiquetas como Philosphy Di Lorenzo Serafini, Jacquemus, Marni, Ozias, Miu Miu, La DoubleJ, Bloss e muito mais.
Enquanto isso, Mindy Chen (Ashley Park), melhor amiga de Emily, vem com produções mais excêntricas, com destaque para uma minissaia toda grafitada, de Philipp Plein, que acompanha um blazer curto e cheio de diamantes. O toque diferenciado, é claro, fica por conta de um chapéu rosa no modelo marinheiro.
Outra visual que chama atenção é um macacão turquesa, de Magda Butryn, com estampas florais em tom rosa, usado, novamente, com um chapéu. Já um vestido vintage azul Thierry Mugler, de 1996, também aparece com um cinto Andrew Gn com pedras azuis, e uma mini bolsa Germanier com lantejoulas.
“A moda está aqui para ser apreciada e a moda é divertida. [Park] é confiante e você pode vesti-la com lantejoulas às 10 horas da manhã. Ela não questiona nada [que colocamos nela]”, garantiu Marylin ao veículo.
E a Sylvie?
Diante do amadurecimento de Emily, as pessoas ao seu redor também exploram novas propostas. É o caso de Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu), que, segundo a figurinista, vai descobrir um estilo mais secreto, especialmente na segunda parte da série — disponível a partir de 12 de setembro.
Se em Paris, seu visual dava match com marcas como Saint Laurent e Tod’s, em Roma, que também ambienta a nova temporada, Sylvie vai vestir Gucci e Emilio Pucci.
“Um vestido não é nada sem a mulher que está vivendo nele. Roupas bonitas podem permanecer como roupas bonitas se você tiver a energia, o poder e a sensualidade para usá-las. Ela é a dona das roupas que veste”, garantiu.
Projetos para 5ª temporada
Caso a produção seja renovada para uma 5ª temporada, Marylin planeja trabalhar com um círculo ainda maior de designers. “Sinto falta de designers do México, Chile e Peru. É um privilégio dar a esses jovens um lugar para o seu trabalho porque isso desencadeia suas carreiras”, afirmou.
Assista ao trailer da parte 1 da 4ª temporada de “Emily em Paris”
Saiba de onde são looks usados pela protagonista de “Emily em Paris”
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