A empresa brasileira Akaer foi selecionada para desenvolver a cabine pressurizada do WindRunner, projeto da norte-americana Radia que visa a criar o maior avião cargueiro já produzido no mundo. A parceria foi oficializada na última terça-feira, 17, durante o Paris Air Show.
Segundo comunicado, a Akaer ficará responsável pelo desenvolvimento do Cabin Pressure Vessel, estrutura pressurizada destinada a manter um ambiente seguro para os tripulantes e sistemas críticos durante o voo. O trabalho será conduzido nas instalações da empresa em São José dos Campos (SP).
O CEO da Akaer, Cesar Silva, destacou a relevância do projeto e o reconhecimento internacional da empresa brasileira. “É motivo de orgulho fazer parte deste relevante projeto que será um marco para aviação mundial”, afirmou.
+ Leia mais notícias de Economia na Oeste
“O desenvolvimento do WindRunner é desafiador e complexo, e a participação da Akaer é resultado do reconhecimento da excelência e experiência que construímos ao longo dos anos”, completou o empresário.
A Radia, responsável pelo projeto da aeronave, atua no setor de energia e busca soluções logísticas integradas para setores estratégicos. O CEO da empresa, Mark Lundstrom, também comentou a colaboração.
“Temos orgulho de contar com parceiros altamente qualificados como a Akaer, que compartilham de nossa visão de futuro e estão nos ajudando ativamente a moldar uma nova era de logística sustentável e integrada”, declarou.
Leia mais:
Maior avião cargueiro redefine limites da carga aérea
O WindRunner foi projetado para atender missões nas áreas de energia, defesa, aeroespacial e resposta a desastres. Entre os diferenciais do avião está sua capacidade de carga: até 80 toneladas distribuídas em um volume interno de 7.700 m³, o maior já concebido em uma aeronave.
A estrutura permitirá o transporte direto de equipamentos de grandes dimensões, como pás eólicas com mais de 100 metros de comprimento, satélites, veículos blindados e outros componentes de alta complexidade logística.


Outro destaque do projeto é sua capacidade de operar em pistas não pavimentadas de apenas 1.800 metros, o que dispensa infraestrutura aeroportuária especializada. A aeronave foi idealizada para facilitar entregas ponto a ponto em locais remotos e de difícil acesso, o que reduz custos logísticos e prazos operacionais.
Leia também: “Por que só as bets podem?”, reportagem de Amanda Sampaio e Anderson Scardoelli publicada na Edição 222 da Revista Oeste