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Empresa brasileira vai desenvolver parte do maior avião cargueiro do mundo

A Akaer, empresa brasileira de engenharia, integra agora um dos projetos mais ambiciosos da história da aviação. A companhia assinou contrato com a Radia, empresa dos Estados Unidos que atua no setor de energia, para participar da construção do maior avião cargueiro já desenvolvido no mundo. O anúncio ocorreu na terça-feira 18, durante o Paris Air Show.

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Coube à Akaer a missão de projetar a cabine pressurizada do WindRunner. A aeronave foi desenhada para transportar cargas com dimensões jamais vistas, incluindo pás de turbinas eólicas que ultrapassam 100 metros de comprimento. O desafio técnico exige uma cabine capaz de garantir segurança para os tripulantes e estabilidade para os sistemas do avião, mesmo em condições operacionais severas.

O CEO da Akaer, Cesar Silva, destacou que o projeto representa um marco na trajetória da empresa. Segundo ele, fazer parte do desenvolvimento do WindRunner reforça o reconhecimento internacional da competência técnica acumulada pela companhia brasileira ao longo dos anos.

“É motivo de orgulho fazer parte deste relevante projeto que será um marco para a aviação mundial”, destacou o CEO. “O desenvolvimento do WindRunner é desafiador e complexo, e a participação da Akaer é resultado do reconhecimento da excelência e experiência que construímos ao longo dos anos.”

Se atingir os objetivos, o WindRunner permitirá a construção de turbinas eólicas com torres 90 metros mais altas do que a média atual | Foto: DivulgaçãoSe atingir os objetivos, o WindRunner permitirá a construção de turbinas eólicas com torres 90 metros mais altas do que a média atual | Foto: Divulgação
Se atingir os objetivos, o WindRunner permitirá a construção de turbinas eólicas com torres 90 metros mais altas do que a média atual | Foto: Divulgação

O WindRunner não impressiona apenas pelo conceito. As especificações superam qualquer cargueiro militar em operação no mundo. São 108 metros de comprimento, 80 metros de envergadura e capacidade para transportar até 80 toneladas. Mesmo com essas proporções, o avião poderá pousar e decolar em pistas de terra com apenas 1,8 mil metros, o que elimina a necessidade de grandes aeroportos e amplia o alcance logístico.

Mais do que um gigante dos ares, o projeto do avião surge como solução para destravar gargalos na expansão da energia eólica em diversas partes do mundo

Mais do que um gigante dos ares, o projeto surge como solução para destravar gargalos na expansão da energia eólica em diversas partes do mundo. Atualmente, o transporte de pás eólicas de grandes dimensões enfrenta limitações logísticas que encarecem projetos e restringem a instalação de turbinas em regiões com maior potencial de geração.

Mark Lundstrom, engenheiro formado pelo MIT e fundador da Radia, idealizou a empresa em 2016 justamente com o propósito de aplicar soluções aeroespaciais no setor de energia limpa. Desde então, a companhia atraiu centenas de milhões de dólares em investimentos e alcançou um valor de mercado estimado em US$ 1 bilhão, conforme dados da PitchBook.

Se atingir os objetivos, o WindRunner permitirá a construção de turbinas eólicas com torres 90 metros mais altas do que a média atual. Essa mudança promete reduzir em até 35% os custos da energia eólica e ampliar em 20% a estabilidade da geração, segundo projeções da própria Radia.

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