A partir de segunda-feira, 4, canetas injetáveis baseadas em liraglutida, fabricadas integralmente no Brasil pela EMS, começam a ser vendidas em redes de farmácias do Sul e Sudeste. A farmacêutica anunciou nesta quinta-feira, 31, o começo das vendas dos medicamentos, que tratam obesidade e diabetes.
Os produtos, batizados de Olire (indicada para obesidade) e Lirux (voltada ao diabetes tipo 2), estarão disponíveis inicialmente nas lojas físicas e sites das redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco. Os preços vão variar de R$ 307,26 por embalagem individual e podem chegar a R$ 760,61 no pacote com três unidades de Olire.
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Nessa primeira etapa, a EMS distribuiu 100 mil canetas de Olire e 50 mil de Lirux. A expectativa da empresa é atingir 250 mil unidades disponíveis até o fim deste ano e alcançar meio milhão até agosto de 2026.


O investimento no projeto superou R$ 1 bilhão, destinado à fábrica de peptídeos em Hortolândia, cuja inauguração, em 2024, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente da EMS, Carlos Sanchez, destacou em nota que a empresa está “consolidando a capacidade do país de desenvolver e fabricar medicamentos de alta complexidade, com tecnologia própria e competitividade global. Este movimento fortalece nossa liderança e amplia o acesso a terapias modernas.”
A produção inicial anual da fábrica é de 20 milhões de canetas injetáveis, com possibilidade de dobrar esse número. Para o próximo ano, a EMS planeja lançar a versão nacional da semaglutida, princípio ativo dos medicamentos Ozempic e Wegovy, diante do término da patente e da oportunidade de atingir um mercado de R$ 6 bilhões por ano.


Caneta contra obesidade imita substância natural do corpo
A liraglutida pertence à classe dos análogos do GLP-1, substância natural do corpo responsável por aumentar a saciedade e retardar o esvaziamento gástrico. Os medicamentos da EMS são sintetizados por uma tecnologia química de montagem de peptídeos, em que aminoácidos são ligados individualmente até formar a molécula desejada.
O diretor médico da EMS, Iran Gonçalves Jr., ressaltou: “Com a produção nacional, oferecemos alternativas seguras e de alta qualidade para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, desenvolvidas com tecnologia de ponta e em conformidade com os mais altos padrões internacionais”.