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Energia solar reduz até 95% da conta de luz no campo, diz especialista

Com a escalada dos custos de produção, muitos produtores rurais têm buscado alternativas para manter a competitividade e garantir eficiência nas suas propriedades. Uma solução que ganha cada vez mais espaço é o uso de energia solar no agronegócio, com potencial para gerar até 95% de economia na conta de luz, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar).

Para entender melhor esse avanço, o programa Planeta Campo conversou com Rodrigo Kimura, diretor de energia do Grupo CESBE e Giya, que explicou como os sistemas fotovoltaicos vêm se consolidando como aliados estratégicos para irrigação, resfriamento de instalações e outras demandas energéticas do setor rural.

Crescimento acelerado da energia solar no campo

De acordo com Kimura, o Brasil reúne condições ambientais ideais para o uso da energia solar, e o crescimento dessa fonte no país tem sido expressivo, especialmente a partir de 2017. “Hoje, a energia solar já é a segunda maior fonte de geração do país. Temos o equivalente a quatro usinas de Itaipu em potência instalada”, destaca.

No setor rural, as instalações fotovoltaicas ocupam o terceiro lugar no ranking, ficando atrás apenas dos segmentos residencial e comercial. Ainda assim, há muito espaço para expansão: apenas 5% dos consumidores brasileiros aderiram ao sistema solar até agora.

Um dos principais fatores para esse avanço, segundo Kimura, é a queda no custo dos equipamentos. “O que custava R$ 10 em 2012, hoje custa R$ 2,50. Isso torna a tecnologia muito mais acessível para os produtores”, explica.

Três pilares: economia, sustentabilidade e inovação

Kimura resume os principais benefícios da energia solar no campo em três pilares:

  1. Economia – É o principal motivo apontado por produtores que aderem à tecnologia. A redução na conta de energia pode chegar a até 95%.
  2. Sustentabilidade – A energia solar é limpa, renovável, não gera resíduos e nem ruído, contribuindo para práticas ambientalmente corretas.
  3. Inovação – A evolução constante dos equipamentos permite maior eficiência e confiabilidade. “Hoje, um painel ocupa o mesmo espaço, mas gera praticamente o dobro de energia em relação a dez anos atrás”, afirma.

Investimento viável e retorno rápido

Embora o investimento inicial ainda seja considerado elevado por muitos produtores, Kimura garante que a viabilidade econômica compensa. “Cada projeto é personalizado. É preciso fazer um diagnóstico do consumo e dimensionar o sistema adequado. Mas, em média, o retorno do investimento acontece em cerca de 3 anos”, afirma.

A durabilidade também é um fator importante: uma usina fotovoltaica pode operar por até 30 anos, com 85% da eficiência original no final desse período. “É um investimento de longo prazo, mas com retorno visível a curto prazo”, pontua.

Energia limpa como estratégia para o futuro do agro

Além do alívio no bolso do produtor, a adoção da energia solar representa um passo importante rumo à transição energética no campo. Sistemas fotovoltaicos vêm se tornando parte da estratégia de muitos agricultores e pecuaristas que buscam reduzir emissões, aumentar a eficiência dos sistemas produtivos e atender às exigências de mercados mais sustentáveis.

“A energia solar não é só uma moda ou tendência. Ela é uma solução concreta que entrega resultado econômico e ambiental. E tudo indica que esse movimento só vai crescer nos próximos anos”, conclui Rodrigo Kimura.

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