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entenda o que é a arma nuclear criada na URSS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira, 1º de agosto, que enviou submarinos nucleares para a região próxima à Rússia. O anúncio veio depois de uma ameaça direta do ex-líder russo Dimitri Medvedev envolvendo a chamada “Mão Morta”.

A escalada verbal entre os dois países reacendeu temores sobre a existência e o funcionamento do sistema russo de retaliação automática em caso de guerra nuclear. Trump acusou Medvedev de ultrapassar limites.

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“Ele não deveria ter dito isso”, afirmou o republicano à emissora Newsmax. “Ele tem uma boca solta. Já disse outras coisas antes. Então, queremos sempre estar preparados.”

A tensão cresceu ao longo da semana, depois de Trump exigir um cessar-fogo na Ucrânia em até dez dias. Em resposta, Medvedev chamou a exigência de “jogo do ultimato”. Para o ex-soviético, a pressão norte-americana representa “um passo em direção à guerra”.  

Além disso, Medvedev mencionou a “Mão Morta” como um lembrete de que a Rússia também possui capacidade de resposta.

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A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desenvolveu o sistema conhecido como “Mão Morta”, ou Perimetr, durante a Guerra Fria (1947-1991).

Os soviéticos criaram o equipamento como um mecanismo de resposta nuclear e o projetaram para garantir retaliação mesmo em caso de aniquilação da cúpula militar russa.

Segundo o Centro para Análises Navais, o sistema entrou em operação em 1986. Sua função seria acionar o lançamento de mísseis nucleares caso nenhum comando humano fosse emitido depois de um ataque ao território russo.

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O jornal The New York Times publicou, em 1993, que o Perimetr funcionaria como uma “máquina do juízo final”. Se os sensores detectarem um ataque massivo e não houver resposta da cadeia de comando — presidente, maleta nuclear ou centros militares — o sistema assume o controle e dispara os mísseis.

Perimetr permanece ativo e pode ter sido modernizado

Documentos de inteligência dos Estados Unidos indicam que o sistema continua operacional. A última atualização conhecida data de 2017, quando fontes do governo norte-americano revelaram que a “Mão Morta” foi mantida e provavelmente aprimorada nas últimas décadas.

A operação envolve sensores posicionados em centros militares russos. Caso detectem um ataque, eles iniciam uma sequência de checagens. Se o presidente russo estiver vivo e acessível, ele pode interromper ou aprovar a resposta. Contudo, se não houver retorno de nenhuma autoridade militar, o próprio sistema autoriza os lançamentos.

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O nome “Mão Morta” surgiu justamente dessa lógica: ainda que todas as lideranças estejam mortas, a retaliação se mantém possível — e inevitável.

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