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Entenda o tarifaço de Trump e seus efeitos sobre o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu taxar em 50% todas as exportações brasileiras ao país. Washington D.C. oficializou a medida em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como o novo imposto, o Brasil fica como alvo principal entre os 22 países que passaram a enfrentar barreiras comerciais impostas pela Casa Branca. O portal Metrópoles divulgou as informações neste sábado, 12.

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De acordo com o economista Maurício F. Bento, professor da Hayek Global College, a decisão representa um duro golpe à economia nacional. Os Estados Unidos são o terceiro principal destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China e da União Europeia.

Os EUA vão aplicar a taxação de 50% de forma cumulativa, mantendo também os tributos setoriais já em vigor — como os que incidem sobre aço e alumínio. Em abril, o governo norte-americano já havia imposto uma tarifa de 10% sobre os produtos brasileiros.

Portanto, a nova alíquota impacta diretamente cadeias produtivas que dependem do mercado norte-americano. Entre os setores mais prejudicados estão o agronegócio, a indústria de transformação e a área de mineração.

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Nesse sentido, a política norte-americana atinge produtos como o café, a carne bovina e o suco de laranja, cujas exportações têm os EUA como destino preferencial.

O setor industrial também será afetado: a Embraer, altamente dependente do mercado norte-americano, pode sofrer perdas expressivas. Máquinas, autopeças e derivados de petróleo enfrentam risco semelhante.

O governo brasileiro discute a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, sancionada em abril. A legislação autoriza ações institucionais contra países que adotem medidas prejudiciais às exportações nacionais. O Planalto avalia a possibilidade de retaliar proporcionalmente os EUA, sem romper canais de negociação.

Entre as medidas cogitadas estão: sobretaxar produtos norte-americanos, como medicamentos e bens industriais; suspender acordos; revisar patentes; e buscar novos parceiros comerciais.

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Também há espaço para flexibilizar regras da OMC e autorizar ações imediatas, como cassação de licenças e suspensão de direitos.

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