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Entidades judaicas a Lula volta à aliança contra antissemitismo

Em resposta à saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), 27 entidades judaicas brasileiras lançaram nesta segunda-feira (11) um manifesto. Elas pedem ao presidente Lula (PT) o retorno do país a essa organização que combate o antissemitismo.

“Presidente Lula, pedimos que o senhor reveja essa decisão”, conclui a nota.

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Além de federações estaduais, entre os signatários estão o Memorial do Holocausto do Rio de Janeiro, Memorial do Holocausto de São Paulo e o Museu do Holocausto de Curitiba.

O Brasil anunciou sua retirada da IHRA no dia 26 de julho. A decisão foi interpretada pela comunidade judaica como mais um gesto do atual governo contra judeus e Israel.

As entidades destacaram: “Ao deixar a aliança, o governo brasileiro envia uma mensagem perigosa. De que a dor judaica pode ser ignorada. De que o antissemitismo, o racismo contra judeus, pode ser rebatizado como opinião. De que lembrar o Holocausto é opcional. Não é.’”

Adesões dos países à aliança contra antissemitismo

Criada em 1998 em Estocolmo, na Suécia, a IHRA tem como missão estabelecer um padrão para o que pode ser considerado ato antissemita.

A entidade define o antissemitismo como uma “percepção dos judeus que pode ser expressa como ódio aos judeus”.

Essa intolerância pode se manifestar por meio de palavras ou ações, direcionadas tanto a indivíduos judeus quanto a propriedades e instituições judaicas.

Leia mais: “Lula retira Brasil de grupo internacional dedicado à memória do Holocausto”

Entre os exemplos da definição estão “a negação do Holocausto e a aplicação de padrões duplos na crítica a Israel”.

No Brasil, a IHRA vem conquistando apoio, com nove estados já tendo aderido à definição. O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a adotá-la, assinando em 3 de novembro de 2023.

Em novembro de 2021, o Brasil tornou-se membro observador da IHRA, mas a definição nunca foi incorporada oficialmente à política federal. Isso tornou a adesão de estados e municípios ainda mais relevante para a proteção contra o antissemitismo.

A expectativa era que o governo federal desse o próximo passo e tornasse o Brasil um dos países-membros da entidade.

Atualmente, a IHRA é formada por 35 países-membros e oito observadores. Sua definição de antissemitismo já foi adotada por 37 países (28 membros, quatro observadores e cinco não afiliados) e por 553 entidades governamentais subnacionais no mundo, incluindo estados, municípios e províncias.


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