A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) publicou nesta terça-feira, 1º, em seu perfil na rede social X, uma foto em que aparece com uma bolsa de luxo da marca italiana Bottega Veneta. O acessório foi identificado como o modelo Padded Cassette Crossbody Bag, com valor aproximado de R$ 24,7 mil.

Na legenda da imagem, Erika escreveu: “Pronta, belíssima e preparada para mais uma semana de trabalho contra os retrocessos e horrores deste Congresso”. A publicação motivou comentários de apoio e críticas. Entre os questionamentos, internautas mencionaram o contraste entre o discurso político e o uso de itens de alto valor.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

Além da bolsa, circularam em redes sociais estimativas sobre outros acessórios e peças de vestuário usados pela deputada, como óculos escuros, pulseira e tênis. Algumas postagens atribuíram valores que, somados, ultrapassariam R$ 200 mil. Não há, no entanto, confirmação documental ou manifestação oficial que comprove a procedência e o preço desses itens.

Em maio de 2023, Erika participou de um evento que celebrou o aniversário de dez anos da Bottega Veneta no Brasil. Na ocasião, ela também compartilhou imagens em seus perfis oficiais nas redes sociais. “Uma honra estar presente, hoje à tarde, na imersão de aniversário de dez anos da Bottega Veneta no Brasil”, declarou a deputada.

Leia mais:

Erika Hilton afirma que ausência foi justificada

O compromisso coincidiu com a votação, no plenário da Câmara, do requerimento de urgência do projeto de lei do Marco Temporal das terras indígenas. Ao portal Metrópoles, Erika declarou que sua ausência foi justificada.

“Requeri uma ausência justificada para participar de um evento em São Paulo, no dia 24/05/2023, para debater política com pensadores da cultura brasileira”, afirmou. Ela acrescentou: “Não tinha como eu saber com antecedência a pauta desse dia, pois Arthur Lira sempre incluía matérias em cima da hora.”

Em nota, Erika disse que orientou a bancada a obstruir a votação assim que foi informada da inclusão da matéria. “De todo modo, assim que soube que a pauta entrou em regime de urgência, como líder, orientei a coordenação da bancada para obstruirmos a pauta”, declarou.

A deputada afirmou que considera haver perseguição contra seu mandato. “Avalio que há uma perseguição orquestrada contra mim, que envolve grandes interesses, com mentiras acerca de minha equipe, minha saúde e meu trabalho, que é muito sério e amplo em defesa dos trabalhadores e da população mais vulnerável”, disse.

Leia também: “A volta dos Irmãos Petralha”, reportagem de Augusto Nunes e Eugenio Goussinsky publicada na Edição 239 da Revista Oeste