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Erro gramatical de Moraes em decisão gera onda de críticas

A nova decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que descarta a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, repercutiu nas redes sociais nesta quinta-feira, 24. Mas não apenas pelo conteúdo jurídico: o motivo foi um erro gramatical na frase “a JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA!!!!!”, escrita em caixa alta e com cinco pontos de exclamação.

Decisão MoraesDecisão Moraes
Trecho de decisão de Moraes com erro gramatical

Pelas normas da língua portuguesa, o correto seria o uso da conjunção adversativa “mas”, com sentido de oposição, e não “mais”, que indica adição. Também falta uma vírgula depois de “cega”, como exige a estrutura da oração. Depois da repercussão, Moraes publicou uma nova versão do voto, corrigindo o trecho com a grafia adequada.

Críticas ironizam erro de Moraes e citam prêmio literário

A gafe virou alvo de críticas de juristas, parlamentares e jornalistas nas redes sociais, especialmente pelo fato de Moraes ser finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

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O anúncio do ministro como um dos concorrentes da segunda edição do prêmio ocorreu na terça-feira 22. Ele concorre na categoria Direito, com o livro Democracia e Redes Sociais: o Desafio de Combater o Populismo Digital Extremista, publicado pela editora Atlas.

O jurista André Marsiglia ironizou o erro. “Se na gramática vai mal, imagina no direito”, disse.

Também jurista, além de apresentador e colunista da Revista Oeste, Tiago Pavinatto escreveu: “MORAES ATENTA CONTRA A SOBERANIA GRAMATICAL… e prova que, se a Justiça não é tola, é, todavia, burra.”

A jornalista Paula Schmitt foi mais dura. “Imagina a cara dos deficientes mentais que escolheram o Aleixandre para o Prêmio Jabuti”, afirmou. “Que coisa mais repelente. Que vergonha. No Brasil nada vale nada.”

O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse que Moraes, “além de desrespeitar a lei e a Constituição em suas decisões, também agride grosseiramente a língua portuguesa.”

Já o colunista da Revista Oeste Flávio Gordon ironizou: “Todo mundo sabe que escrever decentemente é coisa de golpista.”

O ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol também comentou: “Alexandre de Moraes segue nos surpreendendo… agora como especialista em gramática alternativa!”

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