Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Esquema no INSS tinha ‘mensalão’ próprio, diz investigação

Apurações recentes indicam um esquema de pagamento mensal (mensalão) a parlamentares por parte de associações ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que envolvia aproximadamente 15 políticos entre deputados e senadores de diferentes espectros partidários.

A informação é da Band News. A quantia média, conforme relatos de fontes próximas à investigação da Polícia Federal (PF), seria de R$ 50 mil por mês destinada a cada um desses representantes.

O papel desses políticos seria garantir que pessoas de confiança fossem inseridas no quadro do INSS. Eles também facilitavam contatos estratégicos entre dirigentes dessas associações e os principais gestores do órgão.

O objetivo era exercer pressão e viabilizar a cooptação de membros da alta administração do INSS, criando facilidades para obtenção de dados sigilosos mediante suborno.

Fraude e acesso a dados sigilosos

Polícia Federal realiza operação contra venda de sentenças do STJ | Foto: PF/DivulgaçãoPolícia Federal realiza operação contra venda de sentenças do STJ | Foto: PF/Divulgação
Entidades pretendem entregar políticos participantes do esquema no INSS à Polícia Federal | Foto: PF/Divulgação

Com acesso a informações sensíveis, como CPF, endereço e nome completo de beneficiários, as associações envolvidas conseguiam realizar fraudes, que estão sendo denunciadas atualmente.

A investigação da PF destaca que a atuação desse grupo político era articulada no interesse direto dessas entidades.

Integrantes dessas associações afirmaram que, quando forem chamados a depor na Polícia Federal, pretendem “abrir o bico” e entregar os nomes dos políticos participantes do esquema.

Justiça bloqueia quase R$ 24 milhões de investigados por esquema no INSS

A Advocacia-Geral da União informou na segunda-feira 2 que a Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de investigados pela fraude em descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Segundo o órgão, os valores serão usados para o ressarcimento das vítimas.

A indisponibilidade de bens e ativos financeiros foi determinada pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, e envolve os bens e ativos financeiros de duas empresas e os respectivos sócios.

No mês passado, a AGU pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Por determinação da juíza, o caso foi fatiado em 15 ações para facilitar a análise dos pedidos pela Justiça.

As fraudes são investigadas na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

Compartilhe:

Veja também: