O Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira, 30, o cancelamento dos vistos da dupla britânica Bob Vylan. Autoridades justificaram a medida com base na apresentação realizada no festival de Glastonbury.
Durante o show, um dos músicos levantou o microfone e bradou “Morte, morte às IDF!”, referência direta às Forças de Defesa de Israel. A plateia recebeu o incentivo e repetiu o coro. O episódio desencadeou uma onda de críticas em diversos países.
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O posicionamento da banda não passou despercebido entre líderes britânicos. O primeiro-ministro Keir Starmer classificou o ato como ofensivo e incompatível com valores democráticos. Representantes do festival publicaram nota oficial para condenar a incitação à violência. A BBC, que transmitia o show, admitiu falha por não ter encerrado a exibição no momento em que as palavras de ódio surgiram no palco.


Christopher Landau, subsecretário de Estado norte-americano, detalhou os motivos da decisão. Segundo ele, o governo agiu para proteger o país de manifestações que incentivem intolerância. Em pronunciamento, Landau disse que a dupla promoveu um discurso inaceitável e contrário ao respeito que deve prevalecer nos espaços públicos.
“Estrangeiros que glorificam a violência e o ódio não são bem-vindos em nosso país”, publicou Landau no X”, disse Landau em sua conta oficial na rede X.
A banda mantém datas confirmadas para shows em diferentes cidades dos Estados Unidos até o fim deste ano
Outros episódios também colocaram o festival de Glastonbury no centro de polêmicas. A banda norte-irlandesa Kneecap passou a ser investigada pelas autoridades britânicas. Um dos integrantes, Liam O’Hanna, conhecido como Mo Chara, respondeu a acusações por crime de motivação terrorista. Ele foi denunciado por erguer uma bandeira do Hezbollah durante apresentação realizada em Londres, no ano passado.
Os dois grupos permaneceram ativos no circuito internacional. Bob Vylan e Kneecap se apresentaram no festival Coachella, na Califórnia, no primeiro semestre. Eles mantêm datas confirmadas para shows em diferentes cidades dos Estados Unidos até o fim deste ano. Autoridades informaram que seguirão monitorando manifestações culturais que possam estimular violência ou discriminação.