Érika Zanoni Fagundes Cunha é conselheira da Causa Animal –
A conselheira da Causa Animal do Grupo aRede, Érika Zanoni Fagundes Cunha, explica que a má conservação das rodovias também impacta no bem-estar da fauna, consequentemente, dos animais que ali vivem – o debate é referente a uma reportagem especial do Portal aRede. Para ela, essa discussão faz parte de ações integradas, que vão desde saúde e educação, até mobilidade.
Confira abaixo a opinião na íntegra da Érika, que é médica veterinária, especialista em Neurociência Clínica, mestre em Ciências Veterinárias, doutora em Zoologia e pós-doutora em Direito Animal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR):
“Nos últimos dias, vimos a matéria que aponta um desequilíbrio entre a arrecadação dos pedágios e a realização de obras nas rodovias. À primeira vista, esse tema parece distante da causa animal. Mas, na verdade, ele tem relação direta com a proteção da fauna, com a segurança dos tutores e com a responsabilidade ambiental – áreas que nós, como Conselho Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal, acompanhamos com atenção.
Rodovias mal conservadas, sem planejamento ou sem execução adequada das obras, aumentam significativamente o risco de atropelamentos de animais domésticos e silvestres. No Paraná, atropelamentos são uma das principais causas de mortalidade de fauna. Quando a manutenção não acompanha a arrecadação, falhamos também em garantir passagens seguras, cercas ecológicas, sinalização adequada e outras medidas previstas em protocolos ambientais modernos.
VÍDEO
Assista à opinião da conselheira da Causa Animal | Autor: Colaboração.
Além disso, precisamos lembrar que milhares de animais são transportados diariamente, pets, resgates, animais de produção e fauna encaminhada para atendimento. Estradas inseguras afetam diretamente o bem-estar desses animais e a segurança das pessoas.
Quando discutimos pedágio, obras e concessões, não tratamos somente de infraestrutura. Estamos falando de planejamento urbano, de responsabilidade socioambiental e de políticas públicas que precisam incluir a pauta animal transversalmente.
Por isso, acompanhar essa discussão é essencial. A proteção animal não é um tema isolado: ela depende de decisões integradas, que vão desde saúde e educação até mobilidade, meio ambiente e rodovias. E é nosso papel garantir que o bem-estar animal seja considerado em todas essas esferas“.
CONSELHO DA COMUNIDADE
Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.
Conheça mais detalhes dos membros do ‘Conselho da Comunidade’ acessando outras notícias sobre o projeto.
OUTRAS OPINIÕES
– ANTT está fazendo ‘corpo mole’ na fiscalização dos contratos das rodovias?
