Rafael Satiê – 25/07/2024 11h00
A cobertura midiática norte-americana, e do resto do mundo, tem demonstrado uma tendência preocupante: a falta de coerência quando se trata da questão etária dos candidatos presidenciais.
Durante a campanha de Joe Biden, a imprensa repetidamente acusava a direita e os republicanos de “etarismo”, criticando-os por destacar a idade avançada de Biden. Entretanto, após a desistência do atual presidente à reeleição e com Donald Trump à frente, a mesma imprensa que antes defendia o respeito à idade agora utiliza a questão etária como arma para atacar Trump.
É curioso observar essa mudança de postura. Biden, então candidato mais velho a concorrer à Casa Branca, foi protegido pela mídia que desconsiderava os questionamentos legítimos sobre suas capacidades físicas e mentais. Agora, com Trump – que também é um candidato idoso – a mesma preocupação com o respeito e a igualdade desaparece. A narrativa parece ser flexível, moldando-se conforme os interesses momentâneos da imprensa.
Além disso, é importante contrastar que a mídia e a esquerda global fazem isso com um motivo: criar uma narrativa do porquê votar em Kamala…
A trajetória de Kamala Harris, a vice-presidente mais jovem em décadas, mas também a menos aprovada na história recente dos Estados Unidos precisa ser relembrada. Sua gestão foi marcada por uma série de críticas, destacando sua falta de sensibilidade e preparo administrativo. A juventude, por si só, não garantiu competência ou sucesso em sua função, e Harris rapidamente se tornou símbolo de uma administração pública desacreditada.
Em contraposição, Donald Trump, apesar da idade, traz consigo uma vasta experiência no mundo empresarial e corporativo. Sua trajetória como empresário bem-sucedido e sua anterior passagem pela presidência conferem-lhe uma bagagem que não pode ser ignorada.
Por isso, a tentativa da mídia de utilizar a idade de Trump como um ponto negativo soa, no mínimo, como uma estratégia para frear seu avanço nas eleições.
A verdadeira questão não deveria ser a idade dos candidatos, mas sim suas capacidades, suas realizações e suas visões para o futuro do país. A imprensa, ao escolher convenientemente quais narrativas promover, prejudica o debate democrático e desrespeita a inteligência do eleitorado.
Em um mundo normal a cobertura midiática deveria manter a coerência e a imparcialidade, permitindo que os eleitores façam suas escolhas baseadas em fatos e não em narrativas manipuladas. Mas como sabemos: o jornalismo profissional morreu e virou folhetim dos interesses da esquerda global.
Rafael Satiê é analista político, especialista em Comunicação e diretor de Marketing. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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