Produtos como café e cacau, que não podem ser cultivados nos Estados Unidos, podem receber isenção de tarifas, informou nesta terça-feira, 29, o secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick. O café brasileiro, fortemente atingido pelo imposto de 50% criado na gestão Trump, está entre os principais itens em análise pelos EUA.
Lutnick justificou que as tarifas são consideradas essenciais para corrigir desequilíbrios nas relações comerciais internacionais. As novas tarifas para o setor farmacêutico devem ser detalhadas em até duas semanas e deverão ser “massivas” para empresas sem produção instalada nos EUA.
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Durante entrevista dada pela manhã, o secretário destacou que Donald Trump tem buscado acordos comerciais em ritmo acelerado. “Esses acordos normalmente levam décadas, mas Trump trabalha com tempo diferente e quer acordos feitos agora”, declarou em entrevista à CNBC. O prazo final para aplicação das tarifas permanece agendado para esta sexta-feira, 1º.
Lutnick reforçou a necessidade de que países negociem com maior rapidez e abram seus mercados totalmente. “O preço para o comércio com os EUA é claro”, ressaltou o secretário. Ele explicou que a decisão sobre quem conseguirá acordo ou ficará sujeito às tarifas, inclusive a Índia, será tomada diretamente por Trump.
Ao comentar sobre a União Europeia, Lutnick celebrou o entendimento alcançado e disse que ainda pretende dialogar com o bloco europeu para tratar da extinção de tributos sobre serviços digitais.
